sexta-feira, 11 de setembro de 2009

TERCEIRO MANDATO?


As raposas felpudas da política sabem bem o tempo de submergir. É possível que as discussões sobre um terceiro mandato ou mesmo a simples prorrogação deles, elevando de quatro para cinco anos os mandatos de presidente da República, governadores de estados e prefeitos municipais, tenham sido deletadas da memória do nosso amnésico povo, porque assim determinam os interesses daqueles que só têm a ganhar com essa possibilidade absolutamente ilegal porque inconstitucional, imoral, aética, anti-ética e pornô, socialmente falando. É claro que o senhor Luiz Inácio e seus comparsas têm o maior interesse nessa questão, até porque, a simples prorrogação tornaria legal uma terceira eleição dos atuais detentores do Poder Executivo, muito embora jurem de mãos postas e pés juntos que não.
Mas, tal qual Cícero, o povo brasileira pergunta: “Até quando senhores da política, continuarão abusando da nossa paciência? Até quando se arrojará essa audácia inominável de brincar com os sentimentos de uma população que tem sido mais que crucificada ao longo dos séculos?
No país das Pindoramas, já houve um tempo em que homens íntegros reprimiam os cidadãos perniciosos com os mais severos castigos. Ao que parece, esse tempo de há muito já se foi.
E a pergunta que se faz necessária e que ainda não tivemos a coragem de fazer é: Deveremos nós, simples cidadãos, sofrer ou admitir que se nos imponham essa lei imoral? A resposta óbvia é não. Semelhante coisa está longe do pensamento da nação. E creio que nosso dever é evitar que isso aconteça, porque caso contrário, isso significa afronta irremediável aos valores básicos da democracia que prega, além da igualdade e oportunidades para todos, a alternância de mandatários e independência de poderes, coisa que, por causa do viés autoritário do senhor presidente, muito embora o negue veementemente dizendo-se um democrata. Mas, que democrata é esse, que gosta e tem como modelo, gente como Fidel Castro, Evo Morales, Muahmmar Kadafi e outros ditadores menos votados?
Por certo, incorreremos no mais imperdoável desacerto se permitirmos que violem a arca sagrada da Constituição, se não desembainharmos a espada do voto, com a qual podemos esmagar essas tentativas de nos impor a sombra de uma ditadura, por muito disfarçada e legal que seja de nós se aproxima.