terça-feira, 5 de julho de 2011

POR QUEM OS SINOS DOBRAM?

Que ninguém pense que aqui se pretende abordar algo relacionado ao livro do grande escritor Hernest Hemingway. Na verdade, o que pretendemos abordar é por quem dobrarão os sinos da nossa desgraça política, quando vemos tanta miséria diante de olhos frios de governantes que não cumprem suas promessas de campanha? Por quem dobrarão os tristes sinos do desemprego, da fome, da doença que pulula nos hospitais públicas. da ausência de segurança, da baixa qualidade educacional da nossa juventude,  sem que haja o remédio eficaz para debelar tantos males provocados pela incompetência e falta de compaixão de uns poucos encastelados em palácios, de onde contemplam, sem ação nenhuma o que acontece no pantanal da nossa pobreza histórica?
Pensar sobre tudo isso e muito mais é preciso. Ou não será preciso pensar? Mais que isso: pensar e agir. Essa inação, esse imobilismo criminoso não pode continuar, sob pena de abreviarmos todos, o nosso tempo estabelecido sobre a terra dos homens.
Tantos séculos depois, ainda vivemos em nudez total. Menos a corporal, como a de nossos antepassados indígenas. Nossa nudez é pior. É a nudez da imoralidade mais deslavada, é a nudez da falta de ética, de bom senso, e a té mesmo do senso comum.
Tal qual novos Cíceros, perguntamos aos senhores dos nossos destinos: Até quando abusarão da nossa paciência? Até quando o assalto ao Erário continuará, sem que aqueles a quem de direito tomem as providências necessárias para punir com rigor, tantos criminosos causadores de todas as desgraças que abundam na Terra Brasilis?
E lembrando John Donne, autor do prefácio do livro de Hemingway, “nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma particula do continente,uma parte da terra; ... a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso, não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.” E por nós, também.