quinta-feira, 29 de abril de 2010

UM HOMEM CHAMADO JESUS

É curioso notar que alguns cristãos, sejam católicos apostólicos romanos, protestantes, independetemente da seita professada, católicos ortoxos gregos, russos ou católicos maronitas, ou ainda de qualquer outra natureza, não gostam de judeus pelas mais diversas razões. Razões essas, que só fazem sentido do ponto de vista exclusivo deles.
No entanto, por serem rotulados genericamente cristãos, isso significa que são adoradores do homem chamado Jesus, Jesus Nazareno ou Jesus Cristo ou Jesus, o belemita. No entanto, essas mesmas pessoas parecem esquecer que Jesus, além de arameu, era também judeu.
Esse homem, dotado de um cerébro poderosíssimo, recebeu esse nome do grego Iesous que é, na verdade, a forma he-lenizada do aramaico Yeshuah. O verdadeiro nome de Jesus, pelo qual o povo e seus discípulos o chamavam era, portanto, Yeshuah, que poderia ser traduzido como "a salvação de Javé", ou "aquele enviado por Javé para nos salvar".
O outro nome, Cristo, também vem do grego: christos, isto é, "o ungido", correspondente ao hebraico “messiah”. Jesus também é chamado de Emanuel ou Imanuel, no termo derivado do aramaico Imman-el, ou "Deus Conosco". O nome Emanuel foi a ele atribuído por causa da profecia de Isaías 7:14. O profeta diz que a vinda do Messias seria anunciada por um sinal divino: ele nasceria de uma virgem e se chamaria Emanuel. Os cristãos crêem que Jesus é o messias, o christos profetizado no Velho Testamento, que através de sua vida, morte e ressureição restaurou sua comunhão com Deus. Sustentam também que Jesus é a Palavra Eterna (Logos) que encarnou como homem e que aqueles que nele crêem conquistarão a vida eterna.
Sua mensagem espalhou-se por todo o Império Romano, em uma versão, atualmente chamada de cristianismo de Nicéia, mas foi somente sob Teodósio I, que o cristinianismo se tornou a religião ofical dos romanos.
A figura desse homem é tão extraordinária, que até mesmo os budistas se inspiram no exemplo de Cristo. O 14° Dalai Lama, Tenzing Giatso, por exemplo, diz que Jesus é um “bodhisatva”, isto é, um ser que dedicou sua vida ao florescimento da humanidade. Até mesmo os muçulmanos, tradicionais inimigos do povo judeu, acreditam que Jesus foi um dos mais importantes profetas de D’us.
Nesse contexto, podemos dizer que o Homem de Nazaré foi um autêntico e verdadeiro revolucionário, porque sua opção preferencial foi sempre pelos mais fracos, pelos doentes, pelos mais pobres, pelas crianças, pelas prostitutas e prisioneiros, ao contrário do comportamento até então adotado, cuja opção era pelo mais saudável, pelo mais forte, pelo mais poderoso, pelo maior.
O legado de Jesus, deixa a visão de um Deus como um pai amoroso e misericordioso, sempre disposto a perdoar os pecados da humanidade. Sobre sua infância sabe-se muito pouco. Mas, sobre o tempo em que durou o ministerio de Jesus, di-z-se que ele pregou durante três pesach, a Páscoa dos judeus inferindo, segundo um estudioso contemporâneo, que o Nazir ensinou por pelo menos dois anos e dois meses. Os Evange-lhos Sinóticos, isto é, de Marcos, Lucas e Mateus, sugerem um espaço de tempo ainda menor, apenas de um ano. Também é importante que se saiba sobre esse homem extraordinário, que Jesus teria sido um essênio, ou ligados a eles. Como sabemos todos, os essênios eram ascetas apocalípticos.
Presumidamente analfabeto, Jesus, possivelmente era poliglota. Isso porque falava o arameu, sua língua natal. Também falava hebraico porque judeu. E latim, para se comunicar com os romanos e grego, com a elite e os mercadores.
Uma coisa é certa: esse homem fantástico conseguiu uma proeza única. Dividiu o tempo entre antes e depois dele. Isso por si só, já bastaria para fazer dele, independentemente do seu lado divino, o maior de todos os homens.