quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ESTRELA DO ORIENTE

ESTRELA DO ORIENTE

Em tempos passados, o maior tesouro de um povo que nos ensinou quase tudo o que sabemos, foi o maior dos livros de todos tempos, que atende pelo nome de Bíblia, também chamado Livro dos Livros. Foi nele que foram beber sua divina inspiração, todos os grandes poetas e sábios das religiões ocidentais, no qual aprenderam como emocionar os corações e de arrebatar as almas com sobre humanas e misteriosas harmonias. Nele, aprendeu Petrarca a modular seus queixumes; nele, Dante Alighieri visualizou o Inferno com seus nove círculos. Sem ele, Milton não teria surpreendido a mulher em sua primeira fraqueza e nem o homem em sua primeira culpa. Sem esse livro magnífico, n"ao teríamos surpreendido Deus em sua primeira ira e nem saberíamos a tragédia que representou para o homem a perda do Paraíso. Sem esse livro único, na verdade uma coleção, uma biblioteca única, jamais poderíamos cantar o nosso canto de dor, a desventura e o triste destino dos homens.
Se não foi esse livro de toda a sabedoria que há, quem foi que pôs diante dos olhos dos nossos escritores místicos os obscuros abismos do coração humano? Fosse a Bíblia suprimida e todos os povos mergulhariam na idade das trevas, no mundo das sombra e da morte. Na Bíblia, essa fantástica estrela que nos foi apresentada e presenteado por um povo que atendia pelo nome de hebreu - "aquele que veio do outro lado do rio", no caso o Eufrates - jamais teríamos acesso aos anais do céu, da terra e do gênero humano pois nela, está contido o que foi, o que é e o que será.
Desde o Gênesis, que é um idilio, que é belo, que é uma alegoria poética de beleza ímpar como a primeira aurora até o Apocalipse de São João, que é um hino fúnebre, que trasmite uma trizteza sem fim, como se ele fosse o último palpitar da natureza, que é como o último olhar de um moribundo. E entre um e outro, vemos passar diante de nosso olhos, sob o olhar de Deus, todas as gerações e todos os povos. Todos passamos, desde as tribos com seus patriarcas, as monarquias com seus reis, as repúblicas com seus magistrados. Passa a Babilônioa com sua abominação, assim como passam Nínive com sua pompa;Mênfis com suas artes e heróis e Roma com seu poder e os despojos do mundo. Exceto Deus, todos passam. Passo eu, passam eles, passamos nós. Tudo passa, até mesmo o tempo, cuja função é apenas passar e tornar secetoi tudo o que a ele pertence ou por ele é atingido. Mas Elhoim não passará jamais, pois Ele é o que não teve início e não terá fim, que já existia antes mesmo que o tempo exisisse e existirá mesmo depois que que o último fiapo de luz da última estrela passar.
É nela, na Bíblia, que se predizem todas as catástrofes e se faz a contagem de todas as nossas dores. É por isso que as harpas bíblicas ressoam lugubremente, dando os tons de todas as lamentações. Quem se lamentará como se lamentava Jeremias em torno de Jerusalém abandonada por Deus e pelos homens?
Foi nesse livro prodigioso que o gênero humano começou a ler, há mais de trinta e três séculos, e lendo todos os dias e todas as horas, ainda não acabou essa leitura. Moisés (Moshe) nos apresenta, sem véus, o verdadeiro rosto de Deus. A águia de Homero não subiu além dos montes do Olímpo nem transpôs além dos horizontes gregos. A águia do Sinai galgou até o trono resplandecente de Deus, e teve sob as asas, todo o orbe e não se pode comparar a epopeia bíblica, onde tudo é local e universal. Tudo o mais é tão distante quanto quanto Júpiter e Jeovah, entre o Olimpo e o Céu, entre a Grécia e o mundo.

O PANORAMA VISTO DA PONTE

O panorama visto da ponte

menos de nove meses das eleições gerais de outubro próximo, nota-se que a movimentação política ainda é extremamente cautelosa no Amapá. Os candidatos ao Senado são muitos, a ser verdade o que dizem os analistas políticos do estado. Waldez Góes (PDT-AP), por exemplo, é candidatíssimo ao cargo de senador. Mas não fala nada. O cavalo está selado e parado à sua porta. Só não o montará se não quiser e tiver outros planos ainda desconhecido de todos.
Mas, voltando a Waldez Góes, as chances de ser eleito senador são todas. Isto porque, além de ser um governante competente, é serio e probo. Se outra coisa não fizesse, o simples mas enorme avanço asfáltico que a BR-156 sofreu, mais a construção da ponte sobre o Rio Oiapoque, que ligará o Amapá à Guiana Francesa, isso por si só, já bastaria para colocar seu nome, definitivamente, na história da terra tucuju. Não tenho a menor dúvida que nosso desenvolvimento econômico, a partir da inauguração da ponte, será dividido entre antes e depois dela. Para me-lhor, evidentemente.
Para a segunda vaga ao Senado, candidatos não faltam. Fala-se desde Lucas Barreto (PTB-AP) até João Alberto Capiberibe (PSB-AP), passando por Gilvam Borges (PMDB-AP), João Bosco Papaléo Paes (PSDB-AP), além de eventuais outros menos votados.
O grande problema é que as vagas são apenas duas, o que significa que no "after day eleitoral", ouviremos muito choro e ranger de dentes e a clássica pergunta que sempre assola os derrotados na ressaca eleitoral: - "Mas, onde foi que eu errei?"
Para o trono governamental, hoje ocupado por Waldez Góes, os candidatos também são muitos para apenas uma vaga. Fala-se desde Lucas Barreto, que pensa ainda ser dono do belo cesto de votos que abocanhou nas últimas eleições municipais, pois, segundo dizem, ainda oscila entre o Senado e o governo do Estado, até o derrotado Camilo Capiberibe (PSB-AP), passando por Jorge Amanajás (PSDB-AP), Pedro Paulo Dias que, se assumir o governo no caso da saída de Waldez, certamente tentará a reeleição, passando por Alberto Góes (PDT-AP) que tem muitas chances, mas apenas e tão somente se o atual governador ficar onde está e o apoiar pesadamente. Não que Alberto Góes não tenha as necessárias qualificações para o cargo. Ele é extremamente competente, probo e de uma humildade que beira a simplicidade franciscana. Mas seu perfil é mais a de um técnico que a de um político, muito embora não lhe falte a visão do estadista, que sempre pensa um passo à frente dos demais, além de possuir uma visão de mundo empresarial, o que significa que muito se pode esperar dele, se eleito.
A propósito, Jorge Amanajás que se acautele. Hoje, é certo que ele tem o apoio da maior parte dos deputados esta-duais, além de ser dono de um gordo cesto de votos, tanto por causa da sua atuação como parlamentar, como por ser professor, ter dedicado muito de sua vida à educação da juventude amapaense, além de ter, ele também, visão de mundo larga e empresarial, além de ter um excelente perfil político. O pro-blema do presidente da Assembléia Legislativa é que, pelo menos um deputado estadual disse que: "o Jorge pensa que está com a maior parte da Assembleia ao lado dele. Nós vamos abandoná-lo na hora certa, porque apoio exige reciprocidade". E mais não disse. E nem precisava.
De modo que, o panorama visto da ponte, hoje, parece ser esse. Amanhã tudo pode mudar. Até porque, tudo o que sabemos de política, só vale até ontem. De qualquer modo, quem viver verá. Como a arte da análise política e da adivi-nhação podem ser extremamente falhas, porque envolvem fatores muito variáveis, tudo é possível. Até mesmo que eu esteja errado neste simples comentário. Uma coisa é certa: quem viver, verá. Tenho dito. E escrito.