terça-feira, 3 de novembro de 2009

DALVA FIGUEIREDO DEFENDE REDUÇÃO DE PREÇOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL AMAZÔNICA

A deputada federal Dalva Figueiredo (PT-AP), participou no último dia 21 de Outubro, da discussão na Comissão da Amazônia, a regionalização da tabela de custos do Sistema Nacional de Preços e Índices para Construção Civil (SINAPI), durante a audiência pública Preços e a Constante Paralisação das Obras Públicas Contratadas junto a Caixa Econômica Federal na Região Norte.
Segundo a deputada petista, os parlamentares se comprometem com os municípios levando expectativas e liberação de recursos, mas na hora da execução, há problemas por causa dos custos. “O que pretendemos é uma tabela que reflita a realidade, que seja feita dentro de padrões técnicos. ´´E necessário que a Caixa ou outro órgão responsável encontre uma alternativa para fazer essa adequação e resolver o problema”, afirmou Dalva Figueiredo.
A postura da deputada na firme defesa dos interesses amazônicos é de fundamental importância, porque todos sabemos que a região jamais teve o tratamento diferenciado que merece. No caso específico do Amapá, é público e notório que nossas dificuldades são maiores, em função do isolamento geográfico que sofremos em relação aos centros do poder.
A deputada também afirmou que, de sua parte, não descansará até conseguir esse objetivo. Até porque, com mais facilidades, a construção civil pode fazer baixar, e muito, o nível de desemprego entre nós, porque ela é o setor econômico que mais absorve mão de obra, diminuindo, portanto, o nosso ainda alto nível de desemprego.
BATRACOMIOMÁQUIA


Batracomiomáquia. Calma. Antes que comecem a me apedrejar por causa desse palavrão, é necessário que fique bem claro que o nome não é criação minha. É de Homero. Sim, aquele poeta grego que poucos conhecem, autor de a Ilíada, obra que bem menos conhecem. Homero é personagem sobre cuja vida pouco se sabe, uma vez que foi cercada de lendas. Diz-se que seu nascimento ocorreu em Esmirna, cidade da Ásia Menor, no entanto, outras seis reclamam esse privilégio. Seu nome, segundo diversas etimologias, significa “refém”, por ter sido soldado em sua juventude e ter sido prisioneiro e retido como garantia de guerra. O “Cego”, como o chamavam, tornou-se mendigo e sobrevivia andando de cidade em cidade cantando como jogral. Porém, uma das curiosidades desse autor de uma das mais clássicas obras literárias que o mundo já conheceu, é que tinha o seu lado humorístico bem acentuado. Por isso, talvez, tenha escrito essa pequena obra intitulada “Batracomáquia”, que fala de uma guerra entre ratos e rãs.
Longe de mim a ideia que a obra tenha qualquer semelhança com a guerra que travam, desde sempre, os ratos e os batráquios da política, particularmente aquela travada entre o “Sapo Barbudo”, criação imortal de Leonel Brizola e outros ratos de seu tempo. De certo, o que temos é que um dia, um rato, submergindo sua barba à beira de um lago, viu uma rã tagarela que morava no lago.
Inchabochechas – Quem és tu, estranho. Dize-mo a verdade, e em troca dar-te-ei tanta hospitalidade que, possivelmente, minha casa nunca mais queiras deixar. Eu sou Inchabochechas, e no lago me honram como perpétuo caudilho das rãs. Meu pai chamava-se Lodoso e minha mãe Rainha das Águas. Noto que és formoso e forte, mais ainda que outros; e deves ser portador de certo e valoroso combatente nas batalhas. Mas, dize-me rápido, tua linhagem.
Furtamigalhas – Por que me perguntas minha linhagem, se ela é conhecida de todos os homens e deuses. Eu me chamo Furtamigalhas e sou filho


do poderoso Róipão e tenho por mãe Lambetentes, filha do rei Róipresunto. Mas, como poderemos ser amigos, se temos naturezas muito diferentes? Tua vida está na água e eu costumo roer o que os homens possuem. Nada se me escapa. Nem o pão guardado em cestos ou a torta recheada de gergelim; não dispenso presunto, queijo, doces de leite e nem nada que produzam os cozinheiros para os festins dos mortais. Nunca fugi da gritaria das mais horrendas batalhas, mas me junto aos combatentes mais avançados, porque sei que lá terei muitas recompensas. Meu único temor diz respeito aos gaviões e doninhas. Com relação a esta, nem na minha toca estou seguro. Odeio, porém, couves, abóboras e verdes acelgas.
Inchabochechas – Noto que muito te envaideces das coisas do ventre. Quanto a nós, rãs, temos coisas admiráveis de se ver, tanto na água como na terra. Se tens dúvidas sobre o que digo, é fácil comprovar-te. Sobe às minhas costas e te mostrarei meu palácio. O resultado é que, em aparecendo uma Hidra, a rã merguhou no lago, esquecendo Furtamigalhas que morreu afogado.
Por causa desse acontecimento é que foi deflagrada a guerra entre ratos e rãs. Quanto aos deuses, convocados por Zeus, decidiram que o melhor era não se meter numa briga que não era deles pois, como sempre acontece, poderiam ter sérios prejuízos se não adotassem a neutralidade. E assim fizeram.
Entretanto, um destemido guerreiro roedor chamado Roubaparte, pediu o comando do exército de roedores e partindo para o ataque, certo de que destruiria o exército de batráquios. E assim teria feito não fosse a ajuda que as rãs receberam de Cronion, pai dos deuses e dos homens. Foi por isso que Zeus, compadecendo-se das rãs, enviou-lhes como auxiliares, animais de garras curvas, andar oblíquo, pés torcidos e bocas como tesouras, de pele crustácea, de consistência óssea, de costas largas e reluzentes e oito pés chamados caranguejos. Lançados ao combate, cortaram com suas largas tesouras as caudas, os pés e as mãos dos ratos que, percebendo a extensão da tragédia que se abatera sobre eles, fugiram espavoridos para que não fossem dizimados.
Segundo conta a história, o combate durou apenas um dia, terminando com a vitória das rãs.
Quanto a um certo país onde vivia a donzela Iracema, aquela que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, a guerra continua. E tudo indica que, ao contrário do que ocorreu na famosa batalha chamada Batracomiomáquia, a guerra entre ratos e rãs, que terminou com a vitória das rãs, pelo andar da carruagem, deve terminar com a esmagadora vitória do Sapo Barbudo. As eleições estão às portas. 2010 vem aí. E até onde sei, Zeus não está em aí para nosotros.