terça-feira, 3 de maio de 2011

FOME

Maldito o nome da fome. Informação é do IBGE., que afirma que o Brasil tem 16,2 milhões de pessoas vivendo em extrema pobresa, ou seja, 8,5% da população.

Pra quem não sabe, extrema pobreza significa renda per capita até R$ 70,00. E ainda há quem diga que o país já chegou ao Primeiro-Mundo. Das duas uma: ou é má fé cínica ou estupidez crassa. Aqui mesmo no Amapá, números não oficiais dizem que pelo menos 10 mil pessoas viveriam abaixo da linha de pobreza. Dessas, muitas, às vezes, não têm sequer um pedaço de pão que lhes mate a fome que lhes devora as entranhas. E não é possível que continue assim, não pode ser assim e não tem que ser assim. Se fome existe, solução também. E para que ela acabe, basta que governantes saiam do discurso e passem à ação. E a solução, passa necessariamente pela decisão e determinação política de que essa maldição tenha fim.
E é claro que aqui, ninguém pretende que se aumente o número de “bolsas-esmolas” ou se lhes dê o peixe. Solução definitiva passa pelo ensinar a pescar, isso sim.
O Brasil, particularmente o Amapá é um lugar de bençãos inacreditáveis. Nossa riqueza potencial é imensa, por isso, não é admissível ou sequer compreensível que um só amapaense viva em meio a tanta miséria. Minérios, água, florestas intocadas, peixes de todos os tipos, tamanhos e sabores, crustáceos, plantas medicinais, ervas aromáticas, árvores oleoginosas, frutos os mais exóticos e saborosos, pastagens, campos, enfim, a natureza foi excivamente pródigo na distribuição dos nossos recursos. Talves, o que tenha nos faltado e esteja na raiz dos nossos problemas seja a gestão competente desses mesmos recursos. E isso tem fácil solução. Basta que governantes adotem como forma de governo a meritocracia. Enquanto o fator político estiver acima do mérito, não chegaremos a lugar nenhum. A não ser onde já estamos. No mundo da pobreza mais vergonhosa.
Infelizmente, o povo nada pode fazer para mudar esse feio panorama. A não ser em épocas eleitorais. E nesses tempos, sempre consegue ser ludibriado pelos promesseiros de todos os naipes. Tanto os ideológicos, quanto os mercadológicos. Até quando? Essa, a pergunta final.