segunda-feira, 21 de setembro de 2009

FRAUDE MELA INDICAÇÃO DE MINISTRO PARA O STF

O advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar cargo de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta instância do Poder Judiciário brasileiro, poderá ter sua indicação cancelada por ter sido condenado pela Justiça do Amapá no último dia 8 de setembro, juntamente com outras três pessoas, a devolver a importância de R$ 420 mil ao Amapá, sob a acusação de ter ganho licitação supostamente ilegal em 2001, para prestar serviços ao governo estadual. Se atualizado, o valor atinge extratosféricos R$ 700 mil. A decisão de primeira instância respondeu a uma ação popular e entendeu que, além de Toffoli, Luís Maximiliano Telesca (então seu sócio em um escritório advocatício), João Capiberibe (então governador do Estado pelo PSB-AP) e João Batista Plácido (que era procurador-geral do Estado) participaram de um processo licitatório ``eivado de nulidade``. Nesse tempo, o governo amapaense sob Capiberibe pagava ao escritório de Toffoli e seus sócios a importância de R$ 35 mil mensal, para defender o governo em ações judiciais em Brasília. A ação popular foi movida pelo ex-governador do Amapá, Annibal Barcellos.
O ex-governador João Capiberibe (PSB) afirmou que a ação tem motivação "política" e sobre a condenação em questão afirmou que não teve nenhuma relação com a contratação do escritório de Toffoli, e sim o então procurador-geral do Estado. Ao que parece, sempre que é envolvido em ação judicial, independente da origem, o ex-governador costuma alegar sempre, que é inocente e os culpados são os outros, principalmente a imprensa. Esperamos, do fundo do coração, que desta vez ele seja realmente inocente porque, caso contrário, teremos que questioná-lo sobre esta ação e outras que até hoje não foram adequadamente respondidas.