quarta-feira, 14 de abril de 2010

Este texto não é meu. É do jornalista Elden Carlos, e é uma resposta à altura ao que escreveu um pseudo jornalista e cronista goiano chamado Rogério Borges, sobre o Estado do Amapá. Borges nos ofendeu a todos de forma gratuita e dolosa. Se por ventura tentou ser "engraçadinho, lamento informar: foi apenas e simplesmente trágico. Cômico, jamais, porque não tem competência sequer para ser um bom palhaço. Quando muito, palhaço de um circo mambembe qualquer. Por isso, vamos ao texto do excelente Elden.

"Não se sabe com que intenção um colunista do jornal O Popular, de Goiânia, que atende pelo nome de Rogério Borges, resolveu de uma hora pra outra tachar o Amapá como "Terra do Nunca". Em artigo publicado na edição do dia 7 de abril no jornal goiano, ele afirma que o Amapá não existe, que é um estado imaginário. Bom, se o jornalista ai tinha pretensões de ofender o Senador da República e Presidente do Congresso Nacional, José Sarney – já que ao que parece o senador é a única coisa que ele conhece pelo Amapá – deveria ter escolhido um texto que não mexesse com a história e tradição de um povo que vive no estado mais preservado do Brasil, conforme pesquisas divulgadas nacionalmente.
Inicialmente, parece que o Rogério perdeu todas as aulas de geografia da escola. Ele diz que não sabe o que é a Oiapoque. Primeiro ele deveria aprender que o Oiapoque está localizado na parte mais setentrional do Estado do Amapá. Limita-se ao norte com a Guiana Francesa, ao sul com os municípios de Calçoene, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari. Ao leste é banhado pelo oceano Atlântico e a oeste faz fronteira com o município de Laranjal do Jari. Mais isso ele não deve nem imaginar também. Por certo não deve conhecer o maior Parque Nacional do Brasil (Montanhas do Tumucumaque) com 3,8 milhões de hectares. E o Marco Zero do Equador, será que ele sabe que o Amapá é a única capital do país cortada pela linha do Equador, e que temos o fenômeno do Equinócio duas vezes por ano? Mas deixemos de lado a geografia um pouco, afinal, quem passou tantos anos estudando - creio eu - e até hoje não conhece a geografia do próprio país, não vai aprender agora em uma rápida lição.
O artigo desse cidadão feriu os sentimentos de um povo que observa seu estado em franco desenvolvimento. Será que Rogério Borges conhece o Manganês, chamado de ouro negro da Amazônia e cujas maiores jazidas estão no Amapá? Será que conhece o açaí que exportamos para os maiores países do mundo? Será que essa pessoa, altamente desinformada, sabe onde passa o maior rio do mundo em volume d'água (O Amazonas) que banha a capital do estado (Macapá) e é nosso cartão postal?
Quanto ao São José, que perdeu, sim, para o Goiás lá dentro da casa dele, ele existe de fato e direito. Ocorre que não temos realmente tanta tradição no futebol nacional, diferente do Goiás que dispõe de uma infraestrutura moderna. Aliás, o estado de Goiás que é um dos mais desenvolvidos do país, deveria se envergonhar de ter como habitante, um homem que deveria ter como jornalista, a obrigação de informar de maneira eficiente seus leitores. Mas não é isso que acontece. Pessoas como esse rapaz é que sujam o nome da imprensa nacional. Não se pode admitir que uma pessoa sem conhecimento algum, ocupe linhas tão importantes de um veículo de comunicação para escrever absurdos e inverdades sobre o Amapá. Se quiser, senhor Rogério, está convidado a vir ao nosso estado tomar, quem sabe, um banho nas cachoeiras de Santo Antônio, ou conhecer e degustar a culinária do "MEIO DO MUNDO", acompanhada de canções regionais tidas como as pérolas da Amazônia, dentre tantos outros espetáculos e belezas naturais que temos no Amapá. 
Um abraço Tucuju."


SOBRE O ANALFABETISMO EXPLÍCITO

Em seus discursos intitulados "As catilinárias", o grande político, pensador e principalmente orador romano Cícero, iniciava seus discursos contra Catilina no Senado Romano dizendo: "Quousque tandem, abutere Catilina, patientia nostrae?", ou seja, "Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?"
E nós, tucujus com muito orgulho, perguntamos a um certo Rogério Borges, que se diz jornalista de um jornal goiano chamado O Popular: Até quando , Rogério, abusarás da nossa paciência? Afinal de contas, quem pensa o senhor que é? Pelo que lemos em sua crônica, se é que podemos chamar assim um texto tão cheio de asneiras, que revela ser o senhor apenas e tão somente um deficiente cultural, um tolo, na verdade, um idiota (não esquecer que idiota é apenas o incapaz do aprendizado). Como ousa o senhor desrespeitar um povo orgulhoso, porém sensível; guerreiro, porém amante da paz; ordeiro, pacato, estudioso e musical, mas também, um povo que entrou em guerra contra uma potência estrangeira, no caso a França - e venceu - apenas pelo desejo de ser Brasil, um povo que não se curva perante ninguém, exceto Deus Todo Poderoso, um povo que se banha às margens do Rio Amazonas; um povo dono do maior parque florestal do mundo, o Parque Montanhas do Tumucumaque; um povo cujas terras são as mais preservadas planeta, a ponto de 97% de sua cobertura ser original. A propósito, quanto das terras goianas são preservadas? E sobre o tema corrupção, temos a honra de informá-lo que nesse quesito, vivemos longe de Brasília, que aliás, está encravada em solo goiano, não é verdade?
O senhor é de uma ignorância abissal sobre tudo o que existe, sem dúvida nenhuma. Vejamos então: Acaso existe a possibilidade legal de um candidato a qualquer posto eletivo poder sê-lo sem ter seu domicílio eleitoral naquela cidade ou na quele estado pelo qual pretende se candidatar? Vocês, goianos, permitem, por acaso, que paulistas ou gaúchos se candidatem por seu estado, morando em São Paulo ou Porto Alegre? Aqui, felizmente, a lei é cumprida. No seu lugar de origem, não sabemos.
Cremos que o senhor, por analfabeto, acredite mesmo que o senador José Sarney possa se eleger pelo Amapá sem aqui residir. Ele é, sim, maranhense de origem. E por isso estará impedido ele ou qualquer outro brasileiro de morar onde melhor lhe convir? Queremos dizer-lhe que muitos brasileiros de outros estados e cidades moram e vivem aqui, aprendendo conosco e, na contrapartida, nos ensinando, também. Inclusive gaúchos, catarinenses, paranaenses, paulistas, cariocas, nordestinos de todos os estados daquela bela região e até mesmo estrangeiros que escolheram por si mesmos, que o melhor lugar para viverem era aqui, no Amapá. Ah!, inclusive goianos, mas goianos de bem, goianos trabalhadores, honestos, não excrecências como o senhor.
Talvez, a razão que o tenha movido a nos agredir de forma tão gratuita, tenha sido alguma aversão particular ao senador José Sarney e, por medo, resolveu atacar, denegrir todo um povo que é honra e espelho para qualquer outro povo de qualquer estado ou nação.
Quanto ao seu desconhecimento geográfico, o mínimo que podemos dizer-lhe, é que o senhor faltou às aulas de geografia, se é que o senhor frequentou escola algum dia.
É claro que a Linha do Equador é imaginária. Queria o senhor o quê: que ela fosse sólida qual uma espécie de Muralha da China, que o senhor também não deve conhecer? E, pode o senhor informar como consegue saber as horas? Será que não é com base no Meridiano de Greenwich? Aliás, não esquecer que meridianos são, também, linhas imaginárias e como tal, por certo, não existem para o senhor.
 Quanto a Getúlio Vargas, não tivemos um. O Rio Grande do Sul o teve, é verdade. A diferença, e disso muito nos orgulhamos, é que nos não toleramos ditadores. Possivelmente o senhor goste. Essa, é uma enorme diferença entre nós. Ainda bem que assim é.
Desculpe-nos a franqueza: o senhor não é racionalista, não. Como pode ser racional um homem tão tolo, a ponto de parecer descerebrado e preconceituoso, muito preconceituoso. Senhor Rogério Borges, não esqueça que somente os seres imbecilizados pela falta de cultura são preconceituosos, porque quem preconceitua, prejulga e preconceitua. Salomão e Sócrates, porque estão entre os homens mais sábios do mundo não eram preconceituosos. E muito menos o melhor de todos os homens que já nasceram ou ainda hão de nascer sobre o planeta Terra, Jesus. Esse não era preconceituoso. Aliás, sua opção preferencial foi pelos pobres, pelos desvalidos da sorte, pelos leprosos, pelas crianças, pelas prostitutas, nunca pelo melhor, pelo mais forte, pelo mais poderoso. Cremos que Ele possa perdoá-lo. Nós, não podemos.