sábado, 15 de maio de 2010

TRISTEZA


 Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós”.   A frase, que vem do mais profundo do sentimento popular sobre a tristeza, expressa em palavras singelas, o sentimento de dor, de frustração, da saudade que todos sentimos quando um filho ou alguém que amamos se vai para nunca mais voltar. Nunca mais, talvez seja a frase que mais dói no coração do ser humano que ama alguém. Nunca mais te verei, filha amada, pensa a senhora Maria Amélia Camargo, 63, mãe de Caroline Camargo Passos e avó de Marcelo e Vitória, brutalmente assasinados esta semana em Macapá. Esta avó, tão sofrida, tão magoada pela vida, é a imagem da tristeza que envolveu a todos que de alguma forma têm ou tinham afeto por aqueles que partiram deste mundo, tão precocemente, tão abruptamente, tão violentamente, tão desnecessariamente.
E a sensação geral é de impotência, tanto para a polícia quanto para todos os amapaenses, hoje envergonhados por que foi aqui que aconteceu esse crime brutal e inominável. E até que esses cruéis bandidos sejam apanhados e punidos na mais severa forma da lei, não haverá descanço e nem paz para nós, para os parentes dos mortos, para a polícia, para os governos dos dois estados, Amapá e Santa Catarina.
Que podemos dizer ou fazer, a não ser demonstrar a mais profunda tristeza pelo acontecido, e pedir ao Grande Pai de todos nós, piedade para com esta humanidade tão cheia de pecados, tão corrompida pela maldade, tão nula de bons valores e bons sentimentos, tão mal agradecida ao homem chamado Jesus, que imolou a própria vida para abrir o caminho da salvação e que, dois mil anos depois, insistimos em não ver e não trilhar.
Pobres de nós, seres humanos feitos à base de carbono, tornados vivos pelo divino sopro de Deus, que fizemos a opção preferencial pelo mal, pelo caminho das trevas, desprezando a luz que emana dos céus, e que poderia transformar nossas vidas em algo bendito por e para Deus Todo Poderoso.
De tal modo que, a única coisa que podemos dizer aos parentes dessas pessoas que tombaram sob mãos tão covardes, particularmente à imagem da dor e da mais plena tristeza, a senhora Maria Amélia Camargo é: Não lamente porque suas amadas criaturas se foram para nunca mais voltar. Sorria porque, ainda que por um período tão breve, elas fizeram com que o mundo, o seu mundo, brilhasse com mais intensidade, para a glória do Eterno