sexta-feira, 9 de julho de 2010

POR AMOR À LIBERDADE

Foi o pensador, político e grande orador romano Marco Túlio Cícero quem disse: "Somos todos escravos da lei, para que possamos ser livres”. Também foi ele quem disse : "Sou escravo do dever por amor à liberdade”. É isto que nós, brasileiros, ainda não aprendemos: ser escravos da lei e do dever, por amor à liberdade. 
 
Filosoficamente falando, liberdade é a ausência de submissão e de servidão. Humanas, naturalmente. Basicamente, podemos dizer que liberdade tem o mesmo significado de independência. Homens, historicamente, preferiram a morte à escravidão, a servir outro homem que pensa ser superior a outro, um erro primário, porque Deus nos criou à Sua imagem e semelhança para sermos livres e, por via de consequência, felizes.
 

Precisamos entender que liberdade não é um conceito abstrato e que não é algo que se ganhe ou nos seja dado. Liberdade se conquista e é preciso que estejamos eternamente vigilantes, porque quem não luta para conquistá-la, não é digno de tê-la e muito menos de mantê-la.
 

As eleições se avizinham e, mais que nunca, precisamos estar alertas, porque políticos fichas sujas não gostam da liberdade alheia, para que melhor possam se locupletar do Erário Público que, ultimamente, mais parece privado. Ou privada onde deixam seus dejetos imorais, justamente eles, que deviam ser nossos pastores, nossos condutores a um porvir de paz e prosperidade.
 

Escravos, já o fomos por um tempo demasiadamente longo da nossa história. Hoje, ainda que um tanto quanto incipiente, quando comparada com regimes de liberdade com responsabilidade como o vigente há séculos em países como a Ingrlaterra, nossa jovem democracia tem que aprender liberdade é tudo.
 

Mas só nos asseguraremos de que ela, a liberdade, abriu suas asas sobre nós, para nunca mais permitir que as sombras da ditadura enodoem o azul do céu que cobre todos os brasileiros, quando aprendermos a ser escravos da lei, por amor à liberdade.

FALANDO DE HOMENS

Diz a Bíblia que Deus, após ter criado todas as coisas, deixou o homem para o final. Criou-o no sexto dia, à sua imagem e seme-lhança, após o que, descansou.
Minhas divergências históricas com o Criador advêm daí. Não acredito que o homem possa ter sido feito à imagem e semelhança de Deus, por uma simples razão: Deus não pode ser tão feio assim. Mesmo sendo homem, não acho que nós e a estética tenhamos muito a ver um com o outro. Eu, principalmente.
Muito embora se ache o supra sumo da criação, o homem não é lá tão inteligente como pensa, porque vivendo no Paraíso, deixou-se envolver pelos encantos femininos, o que é bom, mas não é sensato.
O preço pago pela bobagem, foi tornar-se mortal e agricultor, o que, historicamente, nunca foi um grande negócio. No Brasil, principalmente. Em caso de dúvida, perguntem à turma do MST.
Não satisfeito, o homem recusa-se desde o primeiro momento de sua existência a cumprir os regulamentos divinos, o que é outro erro. Por isso, mata, rouba e comete todos os pecados possíveis e imagináveis. Resultado: tem cadeira garantida no reino do Inferno.
O homem é de uma burrice tão atroz, que não satisfeito com as próprias limitações que o próprio corpo lhe impõe, criou três instituições especia-lizadas em torturá-lo e interferir indebitamente na sua vida, aprisionando-o definitivamente no cárcere dos regulamentos. Essas três instituições pavorosas, não necessariamente nessa ordem, atendem pelo nome de Família, Governo e Religião.
A sociedade, no geral, cobra do homem, um papel que ele não está preparado para exercer, como o de ser um animal civilizado. De modo que, como dizia George Bernard Shaw, “um homem sem endereço é um vagabundo; um homem com dois endereços é um libertino”. O mesmo Shaw dizia também que “todo homem é um patife depois dos quarenta anos”. E não venham os quarentões dar-se ares de muita importância porque são, sim. Nelson Rodrigues diz o mesmo. Só que prefere o termo canalha, ao invés de patife.
Alguns homens, desde sempre, gostam de dormir com outros homens. Nenhum e nem outro são tão homens assim. A respeito do homossexua-lismo masculino, Ben Bagley, produtor musical ame-ricano, disse, quando perguntado se já tinha ido para a cama com algum homem: “Não. Nenhum deles era homem”. A expansão dos costumes homosse-xuais masculinos fez com que a escritora americana Anita Loos, dissesse que mudaria o título de seu livro “Os homens preferem as louras, se o escrevesse hoje, para “Os homens preferem os louros”.
Mas foi Samuel Johnson quem pôs a pá de cal na arrogância tipicamente masculina ao dizer: “nada é pequeno demais para uma criatura tão pequena quanto o homem”.