sexta-feira, 9 de julho de 2010

FALANDO DE HOMENS

Diz a Bíblia que Deus, após ter criado todas as coisas, deixou o homem para o final. Criou-o no sexto dia, à sua imagem e seme-lhança, após o que, descansou.
Minhas divergências históricas com o Criador advêm daí. Não acredito que o homem possa ter sido feito à imagem e semelhança de Deus, por uma simples razão: Deus não pode ser tão feio assim. Mesmo sendo homem, não acho que nós e a estética tenhamos muito a ver um com o outro. Eu, principalmente.
Muito embora se ache o supra sumo da criação, o homem não é lá tão inteligente como pensa, porque vivendo no Paraíso, deixou-se envolver pelos encantos femininos, o que é bom, mas não é sensato.
O preço pago pela bobagem, foi tornar-se mortal e agricultor, o que, historicamente, nunca foi um grande negócio. No Brasil, principalmente. Em caso de dúvida, perguntem à turma do MST.
Não satisfeito, o homem recusa-se desde o primeiro momento de sua existência a cumprir os regulamentos divinos, o que é outro erro. Por isso, mata, rouba e comete todos os pecados possíveis e imagináveis. Resultado: tem cadeira garantida no reino do Inferno.
O homem é de uma burrice tão atroz, que não satisfeito com as próprias limitações que o próprio corpo lhe impõe, criou três instituições especia-lizadas em torturá-lo e interferir indebitamente na sua vida, aprisionando-o definitivamente no cárcere dos regulamentos. Essas três instituições pavorosas, não necessariamente nessa ordem, atendem pelo nome de Família, Governo e Religião.
A sociedade, no geral, cobra do homem, um papel que ele não está preparado para exercer, como o de ser um animal civilizado. De modo que, como dizia George Bernard Shaw, “um homem sem endereço é um vagabundo; um homem com dois endereços é um libertino”. O mesmo Shaw dizia também que “todo homem é um patife depois dos quarenta anos”. E não venham os quarentões dar-se ares de muita importância porque são, sim. Nelson Rodrigues diz o mesmo. Só que prefere o termo canalha, ao invés de patife.
Alguns homens, desde sempre, gostam de dormir com outros homens. Nenhum e nem outro são tão homens assim. A respeito do homossexua-lismo masculino, Ben Bagley, produtor musical ame-ricano, disse, quando perguntado se já tinha ido para a cama com algum homem: “Não. Nenhum deles era homem”. A expansão dos costumes homosse-xuais masculinos fez com que a escritora americana Anita Loos, dissesse que mudaria o título de seu livro “Os homens preferem as louras, se o escrevesse hoje, para “Os homens preferem os louros”.
Mas foi Samuel Johnson quem pôs a pá de cal na arrogância tipicamente masculina ao dizer: “nada é pequeno demais para uma criatura tão pequena quanto o homem”.

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