quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

RETÓRICOS DE ARAQUE

Há quem pense que o radicalismo retórico do PT não vai além do amontoado de tolices típicas de quem usa a cabeça apenas para separar uma orelha da outra. Ledo e Ivo engano, diria Jarbas Passarinho. Na verdade, o festival de besteiras que saem da boca desses desislustrados petistas têm desdobramentos práticos, sim. Haja vista a sem cerimônia com que age a turma do chamado MST e outros que tais, que se converteram em bandos armados que invadem propriedades alheias, saqueiam, ferem, destroem e têm como punição, o repasse de verbas gordíssimas que lhe são repassadas por governos de todos os naipes mercadológicos e ideológicos, além das chamadas ONGs que, em tese, seriam Organizações Não Governamentais mas que, mais apropriadamente mereciam, se não todas, pelo menos boa parte, ser chamadas de Organizações Governamentais (OGs), na medida em que são dependentes de repasses governamentais. Não o fossem e teriam seus cofres supridos por entidades particulares, empresariais ou não.
E para comprovar que os radicais do PT estão com tudo e não estão prosa, basta que olhemos com atenção o que dizem. Por exemplo: O Foro de São Paulo, que ao longo dos últimos 20 anos contou com a participação ativa da Frente Amplio de Uruguai, da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua, do Partido Revolucionário Democrático (PRD) do México e do Partido Comunista de Cuba, entre outras forças políticas, apontam, claramente, para o desejo de uma ditadura de esquerda, ou do proletariado, como preferirem, neste país desgraçado e abandonado por Deus, que por sinal não é brasileiro; pelo Diabo, por Exus, Oguns, Eguns e alguns.
Outro exemplo: Além de participar ativamente do Foro de São Paulo, respondendo por sua Secretaria Executiva, o PT participa da Conferência Permanente de Partidos Políticos de América Latina (COPPPAL) e da Coordinación Socialista Latinoamericana (CSL).
Mas. se o PT mantém relações com nossos seus aliados europeus não descuram do estreitar relações com partidos do Oriente Médio, da Ásia e da África. Atualmente, o PT mantém protocolos de cooperação com diversos partidos, entre os quais o Partido Comunista da China. Segundo o próprio PT, o Partido tem posições definidas, como nos casos da independência do Sahara Ocidental e da luta da Frente Polisário, "posição que esperamos ver acompanhada pelo governo". A propósito, enquanto é motivo de reprovação a visita do chanceler de Israel ao Brasil, certamente é motivo de orgulho e honra a visita (malfadada) de Mahmoud Ahmadinejad, o tiranete iraniano. Detalhe: Israel é um país democrático. O Irã, uma ditadura feroz.
O PT e o senhor Lula da Silva dos Santos do Pau Oco defendem el señor comandante Fidel Castro, assim como essa piada de mau gosto chamada Hugo Chávez. O dito Partido dos Trabalhadores mantém um protocolo de cooperação com o Pólo Democrático Alternativo (PDA), o que não seria nada demais, não fosse o tal PDA,
comprovadamente, apenas barriga de aluguel para terroristas das Farc.
A extensão dos danos causados à política externa do Brasil por esses "teóricos" radicais do PT é incalculável. Enquanto isso, o nosso nada estimado senhor Lula "Deficiente Cultural” da Silva olha olimpicamente para o lado e finge que não é com ele. E a pergunta que não quer calar é: Será que só acordaremos quando for tarde demais?

A CANÇÃO DE CRISTO

Há muitos anos escrevi um texto intitulado “Falando de música”. Nele, citava, entre outros, o ainda desconhecido Martinho Lutero. E esse mesmo Lutero, tão condenado pela Igreja Católica, dizia que “a música é o bálsamo mais eficaz para acalmar, alegrar e vivificar o coração daquele que está triste, daquele que sofre.
A música torna os homens mais doces, mais benévolos, mais modestos e mais sensatos. Os que sabem cantar, não se entregam nem à tristeza nem ao desgosto. Eles são alegres e afastam a preocupação com o auxílio de suas canções”.
Antes de entrar no assunto que me levou a escrever estas mal traçadas linhas, como se dizia antigamente, devo esclarecer que tenho uma relação pessoal de muito respeito e afeto, adoração, mesmo, poderia dizer, com o homem chamado Jesus (Ieshua, na sua língua natal, o aramaico). E essa relação tem já muitas décadas de existência. Décadas, para falar apenas em termos de tempo terrestre, pois Ele me contou, em sonho sonhado antes que tudo acontecesse, que já me conhecia desde o tempo em que eu não existia. E por conhecê-lo tão bem – desculpem a falta de modéstia e o excesso de pretensão – é que ouso afirmar que Jesus, o Cristo, gostava de cantar. E de sorrir.
Como não sorrir e não cantar, se era um homem bom na sua mais refinada essência, no mais profundo do seu ser? É claro que teve seus momentos de amargura, também. Quem não o teria, sabendo o destino que o aguardava? Mas, o que queremos abordar aqui, é o Jesus cantor, o maior e o melhor de quantos poderiam existir.
Nas noites da minha solidão, gosto de ouvi-lo, voz poderosa e, simultaneamente, maviosa, enchendo todo o Universo com o seu esplendor, cantando o seu cântico sobre os próprios desejos. Sabe-se que entre os povos do Oriente, os cantos, as danças e as luzes eram elementos essenciais para as cerimônias das festas religiosas. Quem leu sabe que os antigos egípcios faziam a volta de seus templos dançando e cantando.
Os hebreus tinham, eles também, o mesmo costume. É bom lembrar que Davi¹ dançava e cantava diante da Arca². Na Bíblia, quem nos fala que Jesus cantava é o próprio Mateus, o evangelista, (XXVI, 30). Diz ele que o Mestre e os apóstolos entoaram um cântico após a celebração do último Pessach³ d’Ele com seus discípulos.
Muito embora não conste dos livros sagrados, foram encontradas partes da letra desse cântico entoado por Jesus e seus discípulos após a Páscoa – depois da qual seria traído por Judas Iscariotes, o traidor. Fragmentos desse texto foram encontrados na 237ª carta de Agostinho (4), dito santo pelos católicos, ao bispo de Ceretius.
A seguir, está o cântico que é encontrado em partes no próprio Agostinho: “Quero desligar e ser desligado. Quero salvar e quero ser salvo. Quero gerar e quero ser gerado. Quero cantar, dancem todos de alegria. Quero chorar, batam em todos com dor. Quero ornar e quero ser ornado. Sou a lâmpada para vocês que me veem. Sou a porta para que nela batam. Vocês que veem o que faço, não digam o que faço. Representei tudo isso nestas palavras, mas não fui em absoluto representado”.
Agostinho não afirma que esse hino foi cantado, mas não reprova suas palavras. Na verdade, ele só condena os priscilianistas(5), que incluiam esse hino em seu Evangelho. De certo o que temos, é que qualquer que tenha sido a discussão que se formou em torno desse cântico, era ele utilizado em todas as cerimônias religiosas. Como se sabe, todas essas cerimônias têm alguma semelhança e alguma diferença, mas o importante é a adoração a Deus, independentemente do nome que receba e em qualregião do globo se situe.
Dizem os crentes que, infelizes daqueles que não O adoram, porque estariam eles trilhando o caminho do erro e por isso estão à sombra da morte. Porém, é preciso que se pense que, quanto maior for sua infelicidade, mas devemos lamentá-los e suportá-los. Como diria o próprio Ieshua, eles não sabem o que fazem e, menos ainda, porque o fazem.


GLOSSÁRIO ¹ - Davi – Rei de Israel de 1012 a 972 a.C.² - Arca (Arca da Aliança) – Pequeno baú o caixa construída por Moisés (Moshe, Mochê) para servir como receptáculo das “Tábuas da Lei”, seguindo a orientação feita por Deus.³ - Pessach - Páscoa em hebraico, mantendo o significado de “passagem”.4 - Aurelius Augustinus, (354-430), bispo de Hipona, norte da África e doutor da Igreja. 5 - Seguidores de Prisciliano (335-385, cristão espanhol, o primeiro a ser executado como herege pelo braço secular. Sua doutrina era um misto de gnosticismo e profetismo fanático.