segunda-feira, 21 de março de 2011

UM AFRODISÍACO CHAMADO PODER

Que nenhum poderoso diga que vai se sacrificar para ocupar este ou aquele cargo de importância máxima para uma cidade, estado, região ou país porque não é verdade. Não à toa costuma-se dizer que o poder é afrodisíaco. No caso de alguns poderosos, hoje, é público e notório que acreditam - ou foram induzidos a acreditar - que o comunismo, socialismo ou equivalente foram e são a oitava maravilha do mundo. Bobagem. O passar do tempo prova que salvo as exceções de praxe, só os tolos não mudam de opinião. Aliás, Carlos Lacerda, que foi militante comunista na juventude, posteriormente deixou bem claro seu anticomunismo.



É claro que todos devemos ser contra políticos oligarcas, que se ocupam apenas da defesa de seus interesses pessoais. Mas até o seu desaparecimento completo, muito tempo ainda se passará, porque a juventude não acredita que política e decência podem ser irmãos siameses. Ainda hoje, aqui no Amapá, isso é uma triste realidade. Por exemplo, uma série de parlamentares e executivos são e foram fruto de suas respectivas oligarquias. Dizer que o poder é um ônus é apenas meia verdade, porque o bônus, no mais das vezes quem recebe é o próprio governante. Ao povo, não as batatas, mas o bônus de muitas vezes eleger quem não deveria sequer ser candidato.


Por isso, todo governante deveria dizer que o poder é, antes de mais nada, uma fonte de maravilhosas alegrias, salvo naqueles casos excepcionais, quando alguém é apanhado de surpresa para ocupar um cargo que nunca pretendeu.


O grande problema, é quando o poderoso vira um idólatra de si mesmo. E isso acontece com muitos. Alguns, tornam-se como que um Hitler, um Khadafi, um Fidel Castro, porque passa a pensar como se fosse um Luiz XIV e diz tolices como "L'État c'est moi" (O Estado sou eu).


A esperança de que o bom senso prevaleça sobre a cabeça dos que nos governam não morre jamais. Por isso, ainda se espera que as coisas mudem de aspecto. Só obstinados e vaidosos não reconhecem quando as coisas mudam.


Se hoje, um governante faz a coisa certa, deve ser elogiado. Caso contrário, deve ser espinafrado, pois é assim que anda a democracia. A verdadeira.