terça-feira, 17 de novembro de 2009

DOSSIÊ COLLOR
ELES SÃO TODOS IGUAIS


Costumo dizer que não existe político bom ou político mau. O que existe é político vencedor e político perdedor. Vou mais longe: eles são todos iguais, senão vejamos: nas eleições de 1989, em que disputavam a Presidência da República, Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, por ocasião do segundo debate televisivo feito pela Rede Bandeirante de Televisão, Collor destruiu Lula, ao revelar que o petista tivera um caso extraconjugal com a enfermeira Miriam Cordeiro, com quem teve uma filha. Sobre o caso, o resto é história, muito embora, até hoje, até onde sei, ninguém respondeu que fim levaram Miriam Cordeiro e sua filha.
O que poucos sabem, é que Collor de Mello também tinha sua sujeirinha varrida para debaixo do tapete. Ele, igual a Lula tinha um caso extraconjugal. A diferença entre ambos, é que Collor teve mais competência para encobrir o fato e o menino, que morava em Rio Largo, pequena cidade alagoana próxima a Maceió. Quem assim o diz, é Cleto Falcão - um dos principais articuladores da candidatura do então governador de Alagoas à presidência da República. Eleito Collor, Falcão chegou a ocupar o posto de líder do partido do governo na Câmara dos Deputados. De volta a Alagoas, hoje é assessor parlamentar da Assembléia Legislativa de Alagoas. Cleto Falcão fez essas e outras revelações ao jornalista Geneton Moraes, autor do livro “Dossiê Brasília – Os Segredos dos Presidentes (José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso). A entrevista foi ao ar pela Globo News, segundo informa o próprio Geneton Moraes, além de ser postado em seu blog, no último dia 07-11-2009, às 09:08 hs.
Collor, como todos sabem, perdeu o mandato é hoje é senador por Alagoas e amigo do peito do presidente Lula. As diferenças básicas entre ambos é que, o PT descobriu o fato e bem que tentou achar o filho de Collor, James Fernando que diga-se a bem da verdade, foi reconhecido por Collor, e hoje é vereador em sua cidade. Se o comando da campanha de Lula o tivesse encontrado, o resultado daquela eleição poderia ser outro, uma vez que Collor chegara ao máximo de suas possibilidades de aumentar seu percentual de eleitores, enquanto Lula crescia sem parar, aproximando-se perigosamente de seu adversário. Collor só se tornou conhecido nacionalmente, depois que a revista Veja lançou, à época, um número em que Fernando Collor era personagem de capa que o apresentava como “O caçador de marajás”. Como todos sabem, os empresários deram milhões. Os eleitores deram algo mais valioso: votos. Bom de palanque e de TV, Fernando Collor bateu o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva: 35.089.998 votaram em Collor, contra 31.076.364 que apostaram em Lula. O resto é história.
Quanto ao tesoureiro da campanha de Collor, Paulo César Farias, e ainda segundo o próprio Cleto Falcão, em entrevista concedida a Geneton Moraes, revelou durante um banho de piscina que as “sobras de campanha” chegaram a 52 milhões de dólares.
E a pergunta que ninguém responde é: o quê aconteceu com essa dinheirama toda? Igual a Conceição, inesquecível música interpretada pelo grande cantor Nelson Gonçalves, ninguém sabe, ninguém viu. E o próprio PC Farias teria dito que o total arrecadado era de 134 milhões de dólares. Como se sabe, Farias morreu assassinado a tiros de revólver, supostamente por sua namorada Suzana Marcolino.
Outro fato citado por Cleto Falcão a Geneton Moraes, foi que o ex-presidente Collor tentou se livrar de seu vice, o mercurial Itamar Franco. Segundo entrevista ao jornalista Moraes, Franco teria dito que “Toda semana, Itamar tinha um chilique”. Ele só manteve sua candidatura de vice, tornando-se, posteriormente presidente da República, porque consultado por Collor, o TSE respondeu que a candidatura de Itamar Franco não mais poderia ser anulada, a não ser que o próprio Itamar a pedisse, num ato de vontade unilateral. Collor, eleito com 40 anos, também renunciaria dois anos e meio depois da posse, numa tentativa de escapar da condenação pelo Senado. Não o conseguiu. Condenado por “crime de responsabilidade”, passou oito anos impedido de exercer cargo público. Ao final, o Supremo Tribunal Federal o absolveu. Mas aí, já era tarde demais.
PARA QUE TUDO ACONTECESSE


Para que tudo acontecesse, foi preciso que eu te encontrasse, foi preciso que tu existisses. Para que existisses, foi preciso que teus ancestrais tivessem vindo de há muito do coração da Mãe-África para outras terras, outros povos, outros costumes, outras línguas, e misturassem seu sangue ao sangue desses povos estranhos, de pele diferente dos da tua raça.
Mas, muito antes, foi preciso que os primeiros hominídeos descessem das árvores e produzissem um novo animal. Esse animal, muito tempo depois, receberia o nome de homem. Fico imaginando, a solidão do primeiro ser que teve a consciência do próprio existir, e sentiu-se tão pequeno, tão diminuto, tão ínfimo, diante da imensidão do Universo. Aterrorizado, quem sabe, imaginou um ser Todo-Poderoso que lhe ouvisse as angústias.
Eu, tal qual aquele primeiro homem, sofro da solidão mais absoluta dos que sabem que não existem palavras que possam exprimir quanto dói estar sozinho, quando não se tem deuses para adorar.
Mas, para que tudo acontecesse, foi preciso que, antes dos primeiros homens e dos primeiros deuses, que o espírito de Deus deslizasse por sobre a superfície das águas. Mas, antes que as primeiras águas existissem, foi preciso que toda a matéria existente antes de tudo, se unisse num só bloco e explodisse, há 15 bilhões de anos-luz.
Dessa explosão cósmica, mais poderosa do que tudo o que poderia ocorrer depois, pois nada ocorreu antes, foi que nasceu o meu amor por ti. Há 15 bilhões de anos, quando nada existia, exceto a massa informe de tudo o que há, eu já dançava contigo nas estrelas que ainda estavam por ser criadas, o Bolero de Ravel. E ainda que não creias, depois de todo esse tempo, continuas linda, como se o tempo não existisse. Foi assim que tudo aconteceu, ainda que ninguém creia, o que é irrelevante.
Certas coisas não ocorrem para que se creia. Ocorrem apenas, porque assim está escrito nas estrelas.