quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A DESCOBERTA


Este texto não é meu. Foi-me contado em sonhos. Meu mérito, presumindo-se que tenha algum, foi simplesmente o de transcrevê-lo.
“Sonhei que eras a brisa suave que varre o planeta. Quando te encontrei, supus ter visto um novo sol com o ­brilho fantástico de um milhão de sóis. Pensei que eras a água do mar, as estrelas do céu, o perfume da rosa, o carinho de quem passeia de mãos dadas pela beira do rio em tardes crepusculares, que cedem seu espaço para que a noite cálida nos aqueça o coração e nos traga em seu bojo o repouso do guerreiro e o sono dos justos.
Mas não foi só o que pensei. Pensei que eras a Justiça Divina, te vi negro como um zulu e elegante como a mulher masai; pensei que eras a velha Mãe-África e a Antártida ainda por ser descoberta. Imaginei fosses Netuno ou sereia encantada a dominar os mares, os rios, os lagos, os igarapés, os paranás, os furos e os igarapés-mirins. Mas só pude te conhecer quando senti na tua face poderosa, o imenso amor que tinhas para dar a todos os que te descobriram. És luz, és verdade. Mas de um outro tipo. És luz que não faz sombras. És amor, és dor, és humildade e piedade acrescida de doses imensas de generosidade. És o Inominado, o que não tem nome, e se o tiver, não pode ser escrito ou pronunciado. És a revolução na vida dos que Te encontram.  És Pai, Mãe e Irmão. És amigo e consolador dos aflitos, dos que gemem sob a miséria do abandono terrestre. És a cura, o vencedor da Morte e soberano de tudo o que há, pois és D’us Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, capaz de sacrificar o próprio e único Filho por amor a nosotros. Contigo perdi o medo, encontrei a coragem, deixei de temer a Morte, pois sei, a sorte está comigo se me amparas como mãe que, poderosa, ampara o filho querido.                                                 
Furacão dos mares, tufão da vida, ciclone de amor, nunca mais me deixes tão só, como sozinho percorri a estrada da vida, quando vagava, perdido, no Vale da Sombra da Morte, de onde saí para nunca mais voltar”.