quinta-feira, 1 de outubro de 2009

DEPUTADOS, MP E TJAP INVESTIGAM CORRUPÇÃO


O deputado Jorge Amanajás (PSDB-AP), presidente da Assembléia Legislativa do Estado, assim como seu vice-presidente, deputado Dalto Martins (PMDB-AP), visitaram o procurador-geral de Justiça Iaci Pelaes, assim como o presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, desembargador Dôglas Evangelista Ramos, com o objetivo de formalizar pedido de informações sobre denúncias de corrupção envolvendo aquela Casa Legislativa, feitas por um empresário de mineração e publicadas em um jornal de circulação local. De acordo com Jorge Amanajás, é uma questão de honra esclarecer os fatos junto à sociedade amapaense. “Estamos dando prosseguimento ao que foi dito na Assembleia Legislativa, para que possam ser esclarecidos os fatos da matéria que saiu no jornal do ultimo domingo, para que a a Casa possa dirimir todas as dúvidas”, disse. O parlamentar afirmou ainda que foi até o Ministério Público, para falar com o procurador geral, Iaci Pelaes, a fim de ter acesso a todo o processo que segundo a reportagem estaria tramitando na Promotoria de Investigações Criminais, para que, a partir daí, a Mesa Diretora da Casa possa tomar as medidas necessárias para fazer uma investigação paralela da denúncia.
No Tribunal de Justiça, os deputados foram recebidos pelo presidente do judiciário estadual, desembargador Dôglas Evangelista. Finalizando, o magistrado disse que via como positiva a preocupação da Presidência da AL, em preservar a imagem do Legislativo junto à opinião pública.
SOBRE A IGUALDADE


É comum que, quando se fala em igualdade, um percentual expressivo da sociedade tenha a tendência de pensar que se trata de igualdade racial, de direitos iguais entre homens e mulheres, de igualdade no campo religioso, político, partidário e até mesmo ideológico. Mas não é de nenhum desses tipos de igualdade que falaremos hoje. A idéia é falar de um outro tipo de igualdade que a maioria de nós raramente percebe: como seria o mundo, se fôssemos iguais aos mais diversos animais?
A verdade é essa mesmo, quem de nós já pensou como seria o mundo, se agíssemos como agem os animais ditos irracionais? Vejamos então: O que um cão deve a um outro cão e um cavalo deve a um cavalo? Nada, absolutamente nada. Sabe-se que nenhum animal depende de seu semelhante. Entretanto, o bicho-homem, por ser dotado dessa coisa fantástica chamada razão é diferente. E em que consiste, basicamente essa diferença? A diferença é que o fruto que colhe por causa desse raio de divindade, é o de ser escravo em quase toda a Terra. Vejamos o que diz Voltaire sobre o assunto: ``Se esta terra fosse o que parece ser, isto é, se o homem encontrasse em toda parte uma subsistência fácil e certa e um clima apropriado à sua natureza, é evidente que teria sido impossível a um homem escravizar outro. Se este globo se cobrisse de frutos salutares; se o ar que deve contribuir para nossa vida não nos transmitisse as doenças e a morte; se o homem não tivesse necessidade de outra morada e de outro leito que aqueles dos cervos e dos cabritos monteses; em tal caso, Gêngis Khan e Tamerlão teriam como vassalos apenas os próprios filhos’’.
Nesse estado natural que gozam os animais da terra, das águas e dos ares, o ser humano seria tão feliz como eles, pois não teria maiores necessidades além daquelas básicas, necessárias à vida de qualquer animal, e a dominação seria apenas um sonho mau, um absurdo em que ninguém pensaria, pois, para que procurar servos quando não se tem necessidade de serviço algum?
O problema, lembrando Voltaire novamente, é que a miséria ligada à condição humana subordina um homem a outro. Não é a desigualdade que é um mal real. É a dependência. É impossível que os homens que vivem numa sociedade não sejam divididos em duas categorias: uma de opressores e outra de oprimidos. Ou seja, temos a turma dos que mandam e a turma dos que obedecem. Todo homem quer dominar, quer ter riqueza e os prazeres da vida. E isso só será possível na medida em que aumentar seu domínio sobre outros, ou seja, a classe dos oprimidos. Os homens, sabe-se, são excessivos em tudo o que fazem, e não poucos os que levaram essa desigualdade ao exagero. Apenas como exemplo de opressores que chegaram ao exagero absoluto, podemos citar Aníbal, o Cartaginês; Alexandre da Macedônia, o Grande; Constantino I, César; Ivan, o Terrível; Pedro, o Grande; Hitler, o causador do Holocausto, e tantos outros opressores de milhões de oprimidos.
Voltaire diz mais, a respeito dessa questão que divide opressores e oprimidos: ``O homem que fica aborrecido por ser tratado, onde quer que vá com ar de proteção ou desprezo, e que vê que muitos senhores não têm maior conhecimento, virtude ou espírito que ele, só tem um caminho a seguir: cair fora.`` Ao que eu, de minha parte, acrescentaria: ``se mande’’, ``vaze``, ``rasgue’’, desapareça, pois se assim não o fizer, só terá um destino: ser um eterno oprimido.