sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

SOBRE A CORRUPÇÃO

SOBRE A CORRUPÇÃO


A corrupção é um fardo pesado demais que os homens de bem e a sociedade carregarão para todo o sempre. Adão (Adam, em hebraico), nome que deriva da palavra Terra (adamah), simboliza Humanidade, é representado na cultura hebreia pela primeira letra do alfabeto hebraico (א). Temos então a letra Yud (י) que, em seu formato, é a única que não toca na linha inferior, pois ela significa o Sagrado. Com ela se escreve o nome dO Altíssimo. Se bem observarmos a letra Alef (א), veremos que ela possui dois yud's, ou seja, o homem é imagem de Deus. Ora, se Deus é absolutamente incorruptível, sua imagem, o homem, também deveria sê-lo.
Mas porque ser humano deixou de ser uma honra para se tornar uma desculpa, eis que Adão desejou o que nao era seu, ou seja, Eva, e tendo comido do fruto da árvore proibida, tornou-se carne e como tal corruptível. É o que nos ensina o Livro dos Livros no Gênesis. Milhares de anos depois, para onde quer que olhemos veremos a chaga da corrupção enlameando tudo e todos, até mesmo homens que, em princípio, não nasceram para ser desonestos. A corrupção destrói, mata, conspurca, fere de morte a moral, a ética, o corpo e a alma.
O pior é que, por paradoxal que seja, a corrupção só existe onde não deve existir. Se não há poibição legal ou ética ela não existe E isso por uma simples razão: ela só tem sentido em países onde há clara separação entre o público e o privado, e o governante não tem o direitode se apossar do bem comum como se fosse sua propriedade pessoal. Apenas como exemplo único entre milhares, vejamos o caso do senhor Roberto Arruda, governador de Brasília apanhado com a boca na botija, digo, com a mão no saco de dinheiro oriundo do achaque a que foram submetidos não poucos empresários do Distrito Federal, teve a petulância de dizer que perdoava os que o chamaram de ladrão, como se ele fosse o mais virtuoso dos homens. Descaramento acintoso é o mínimo que se pode dizer de tal patife. E o que é pior, o senhor Lula da Silva, o nosso nada amado deficiente cultural, teve a audácia de dizer que as imagens dele e acólitos enfiando em sacos de papel, meia e cuecas o produto do saque, gravadas por câmeras de televisão, não provava nada. É estranho, curioso mesmo, que o novo deus nascido no Brasil e que nos governa sempre saia em defesa de homens "probos" como os Arrudas, Dantas, Dirceus, Genoínos, Valérios, Palloccis, Collors e outros, digamos, assim, amigos do peito.
A confusão, a mistura do público e do privado já era malvista desde Roma e Atenas antigas, e conheceu o repúdio cada vez maior no Ocidente, desde a Idade Média. O que mais dói ver, é que a culpa de tudo isso é exclusivamente nossa, o povo, pois somos nós que a cada ano eleitoral os elegemos e o que é pior, os reelegemos. Tem-se então como consequência a miséria física e moral e a certeza de que nos países islâmicos, a função do carrasco é hereditária. No Brasil, eletiva.