sexta-feira, 18 de junho de 2010

PATER NOSTER

Poucas orações são tão fascinantes quanto o Pai Nosso (Pater Noster, em Latim). Senão, vejamos o que diz a Bíblia, no Evangelho segundo Mateus:
Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o Vosso Nome,
vinde a nós o Vosso Reino,
seja feita a Vossa vontade
assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal. Amém.
Os discípulos de Jesus, querendo aprender a rezar bem, pediram e foram atendidos. O Mestre ensinou-lhes o Pai Nosso, uma oração cristã insubstituível e, segundo ensinam os doutores da Igreja, "a síntese de todo o Evangelho".
Uma das principais características do Pai Nosso, haja vista que suas "sete petições a Deus Pai", divididas em duas partes, uma, teologal, que fala de Sua glória e santificação e do amor a Ele, enquanto a segunda, composta por quatro partes, apresenta o Pai da misericórdia, a quem pedimos que nos perdoe, nos alimente, nos livre das tentações e nos defenda do Maligno.
Ao rezar a oração do Senhor, estamos absolutamente confiantes no fato de sermos filhos de Deus, e também de sermos, amados e atendidos por Ele.
De certo, o que temos, é que a partir desta magnífica oração, o crente passa a ter certeza de que:
Primeiro: Que é filho de Deus, ao dizer: Pai Nosso que estás nos Céus;
Segundo: Não há a menor dúvida sobre Sua santidade e o respeito que se deve ter a Ele, ao dizer: Santificado seja o Vosso nome.
Terceiro: Pede (e acredita que será atendido) ao expimir o desejo: Vinde a nós o Vosso Reino, deixando subtendido que, se o Reino de Deus não vier até o pedinte, que este consiga entrar no Reino dos Céus .
Quarto: Mais uma vez, a submissão total: Seja feita a Vossa vontade.
Quinto: Assim na Terra como no Céu. Ou seja, o que prevalece é a vontade de Deus, onde quer que seja.
Sexto: Sem alimento, impossível viver, por isso o crente clama: O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Note-se que o cristão não pede o alimento de ama-nhã. A cada dia o seu próprio mal.
Sétimo: Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. Note-se o pedido de perdão por seus pecados, entretanto, condicionado ao perdão que o próprio crente concede aos seus ofensores, o que mostra a total submissão ao Todo-Poderoso.
Oitavo: Aqui, o cristão suplica: e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.
E como disse antes, Amém, ou seja, Assim seja, como acrescentaram os católicos. Ao refletirmo sobre a magnificência desta oração aparentemente tão simples, mas tão complexa, que na realidade, se resume aos dois maiores mandamentos: Um, da Lei Mosaica. Amai a Deus sobre todas as coisas. Segundo: Este, instituído pelo próprio Yeshuah (Jesus): Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei.
Magnífico, pra dizer o mínimo.