quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O PANORAMA VISTO DA PONTE

O panorama visto da ponte

menos de nove meses das eleições gerais de outubro próximo, nota-se que a movimentação política ainda é extremamente cautelosa no Amapá. Os candidatos ao Senado são muitos, a ser verdade o que dizem os analistas políticos do estado. Waldez Góes (PDT-AP), por exemplo, é candidatíssimo ao cargo de senador. Mas não fala nada. O cavalo está selado e parado à sua porta. Só não o montará se não quiser e tiver outros planos ainda desconhecido de todos.
Mas, voltando a Waldez Góes, as chances de ser eleito senador são todas. Isto porque, além de ser um governante competente, é serio e probo. Se outra coisa não fizesse, o simples mas enorme avanço asfáltico que a BR-156 sofreu, mais a construção da ponte sobre o Rio Oiapoque, que ligará o Amapá à Guiana Francesa, isso por si só, já bastaria para colocar seu nome, definitivamente, na história da terra tucuju. Não tenho a menor dúvida que nosso desenvolvimento econômico, a partir da inauguração da ponte, será dividido entre antes e depois dela. Para me-lhor, evidentemente.
Para a segunda vaga ao Senado, candidatos não faltam. Fala-se desde Lucas Barreto (PTB-AP) até João Alberto Capiberibe (PSB-AP), passando por Gilvam Borges (PMDB-AP), João Bosco Papaléo Paes (PSDB-AP), além de eventuais outros menos votados.
O grande problema é que as vagas são apenas duas, o que significa que no "after day eleitoral", ouviremos muito choro e ranger de dentes e a clássica pergunta que sempre assola os derrotados na ressaca eleitoral: - "Mas, onde foi que eu errei?"
Para o trono governamental, hoje ocupado por Waldez Góes, os candidatos também são muitos para apenas uma vaga. Fala-se desde Lucas Barreto, que pensa ainda ser dono do belo cesto de votos que abocanhou nas últimas eleições municipais, pois, segundo dizem, ainda oscila entre o Senado e o governo do Estado, até o derrotado Camilo Capiberibe (PSB-AP), passando por Jorge Amanajás (PSDB-AP), Pedro Paulo Dias que, se assumir o governo no caso da saída de Waldez, certamente tentará a reeleição, passando por Alberto Góes (PDT-AP) que tem muitas chances, mas apenas e tão somente se o atual governador ficar onde está e o apoiar pesadamente. Não que Alberto Góes não tenha as necessárias qualificações para o cargo. Ele é extremamente competente, probo e de uma humildade que beira a simplicidade franciscana. Mas seu perfil é mais a de um técnico que a de um político, muito embora não lhe falte a visão do estadista, que sempre pensa um passo à frente dos demais, além de possuir uma visão de mundo empresarial, o que significa que muito se pode esperar dele, se eleito.
A propósito, Jorge Amanajás que se acautele. Hoje, é certo que ele tem o apoio da maior parte dos deputados esta-duais, além de ser dono de um gordo cesto de votos, tanto por causa da sua atuação como parlamentar, como por ser professor, ter dedicado muito de sua vida à educação da juventude amapaense, além de ter, ele também, visão de mundo larga e empresarial, além de ter um excelente perfil político. O pro-blema do presidente da Assembléia Legislativa é que, pelo menos um deputado estadual disse que: "o Jorge pensa que está com a maior parte da Assembleia ao lado dele. Nós vamos abandoná-lo na hora certa, porque apoio exige reciprocidade". E mais não disse. E nem precisava.
De modo que, o panorama visto da ponte, hoje, parece ser esse. Amanhã tudo pode mudar. Até porque, tudo o que sabemos de política, só vale até ontem. De qualquer modo, quem viver verá. Como a arte da análise política e da adivi-nhação podem ser extremamente falhas, porque envolvem fatores muito variáveis, tudo é possível. Até mesmo que eu esteja errado neste simples comentário. Uma coisa é certa: quem viver, verá. Tenho dito. E escrito.

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