sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DE FANÁTICOS E FANATSMO

Talvez nada seja mais prejudicial às instituições humanas que o fanatismo. E isso vale para go-vernos, religiões, seitas, filosofias e até mesmo para o modo como cada um conduz a própria vida.
Voltaire dizia que “o fanatismo é para a superstição o que o delírio é para a febre, o que é a raiva para a cólera.” Dizia mais: “aquele que tem êxtases, visões, que considera os sonhos como realidades e as imaginações como profecias é um entusiasta; aquele que alimenta a sua loucura com a morte é um fanático.”
Exemplos não faltam dos males que o fanático e o fanatismo podem causar. Bartolomeu Diaz, que partiu de Roma para ir assassinar seu irmão e que o matou acreditando fazê-lo pelo amor de Deus, foi um dos mais abomináveis fanáticos que em todos os tempos pôde produzir a superstição.
Os assassinos do do rei Henrique III, do rei Henrique IV, do Arquiduque da Áustria por um fanático sérvio, o que desencadeou a I Guerra Mundial com seus 10 milhões de mortos, de Ghandi e de tantos outros, foram enfermos da mesma raiva de Diaz.
Outro exemplo de fanatismo simplesmente horripilante, foi o que fez com que os burgueses parisienses degolassem e atirassem pelas pelas janelas para que fossem despedaçados pela turba em delírio seus concidadãos, pelos simples fato de serem protestantes (huguenotes), naquilo que se tornou conhecido como o massacre da noite de São Bartolomeu, que provocou a morte de algo entre 30 mil a 100 mil pessoas. Mas há fanáticos de outros tipos, como aqueles magistrados que, a sangue frio, condenam aqueles cujo único crime é não pensar como eles.
Quem tem o cérebro gangrenado pelo fanatismo, é possuidor de doença incurável. Quem sabe, talvez, o espírito filosófico possa se sobrepor a esses portadores do mal em toda a sua virulência. Essa gente está persuadida de que o espírito nada santo que os penetra está acima das leis e que o seu entusiasmo é a única lei a que devem obedecer.
O Ano Novo se aproxima e com ele um novo tempo na política do Brasil e do Amapá. E os fanáticos de todos os naipes ideológicos estão a postos com suas garras de águias das grandes alturas para se lançarem sobre seus adversários ou quem quer que acreditem não concordar com suas ideias e crenças.
Que Deus nos livre deles, ou se apiede de nós, o povo, se esses abutres se colocarem acima do que recomenda a prudência e o espírito do filósofo se ausente de nós. Sabe-se que o mundo só conhecerá a verdadeira paz, no dia em que os príncipes forem filósofos e os filósofos, príncipes.






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