domingo, 30 de agosto de 2009

TRABALHANDO MENOS

É impressionante a capacidade humana voltada para a preguiça. E nesse quesito, poucos povos são tão vocacionados para “fugir do batente”, como se dizia antigamente, para “não dar duro”, para pegar no pesado, para a moleza, enfim, para não trabalhar.
Agora mesmo, (22 de Agosto de 2009) a Câmara Federal informa que, a Comissão Geral que discutirá a jornada de trabalho no País é o destaque do Plenário na última semana de Agosto. O debate abordará, principalmente, a PEC 231-95, que reduz de 44 para 40 a carga de trabalho semanal.
É claro que os preguiçosos de sempre vão querer linchar-me e esquartejar-me em praça pública por causa deste texto, mas a verdade é que não trabalhamos demais. Na verdade, trabalhamos de menos. Senão, vejamos: este o ano de 2009, terá exatas52 semanas e 1 dia. Isso, sem contar com as 4 horas excedentes, que a cada quatro anos formam o chamado ano bissexto, quando fevereiro tem 29 dias.
Multiplicando-se 365 dias por 24 horas, temos um total de 8.764 horas anuais. Desse total, trabalhando-se apenas 40 horas semanais, tem-se que trabalharemos ao ano, em 52 semanas, apenas 2.080 horas, excluindo-se as quatro horas excedentes, o que significa que do total anual de 365 dias (8.764 horas), trabalharemos, na realidade, apenas 2.080 horas, o que dá um resultado de 86,6 dias, o que nos dá o equivalente a 279 dias de folga. É claro que, desse total, temos que tirar 8 horas de sono por dia (2.920 horas), equivalentes a 121,6 dias, ou seja, aproxidamente um terço do tempo disponível.
Mas, se esses dados ainda não convecerem os mais recalcitrantes, do fato de que trabalhamos pouco, e queremos trabalhar menos ainda, se possível, nada, vejamos outros dados: dos 12 meses anuais, temos direito a um mês de férias, ou seja, 30 dias. Como o ano tem 52 semanas, das quais não trabalhamos mais 52 dias, devido à folga dominical. Como, muitos de nós nao trabalhamos também aos sábados, temos um enorme grupo de privilegiados que não trabalham 104 dias por ano. Mais as férias, vamos, para esse grupo, 134 dias de folga. Levando-se em consideração que mulheres grávidas têm direito a pelo menos três meses de licença maternidade, temos então um grupo que, nesse período anual, não trabalhará por pelo menos, em tese, 224 dias anuais.
É importante ressaltar que não se está discutindo a legalidade ou não dessa folgança toda. O que se tenta demonstrar é que trabalhamos pouco e pretendemos ganhar mais. Não vai dar certo, é claro. O Governo Federal vai continuar, claro, jogando para a plateia, como faz desde sempre. Até porque as eleições se aproximam, e é preciso mostrar às vacas de presépio eleitoral que o paraíso está logo ali, na esquina da Preguiça com a Rua do Não Faz Nada. O resultado disso, só pode ser o local onde mora a maioria de nós, ou seja, no beco da Miséria.

MEMÓRIAS DO MENSALÃO

O comentarista político Eduardo Militão, mostra em primoroso artigo publicado na internet, em 21 de Agosto último, em que refresca a memória política do povo brasileiro, que costuma sofrer profundas crises de amnésia, quando o assunto é o “serial killer” da política brasileira. O nepotismo nacional é uma das nossas mais sagradas instituições. Apenas a título de esclarecimento, nepotismo vem da palavra latina nepos, que significa, também, sobrinho. Explicando melhor, tais “sobrinhos”, ou seja, nepos, eram os filhos bastardos das autoridades eclesiásticas, à época em que a Igreja Católica era a virtual dona do mundo. Como essas autoridades na podiam assumir publicamente a paternidade, pois em tese, deveriam ser celibatários e castos, essa era a saída para não deixar essas crianças à margem da vida, e que eram, após certa idade, colocados em escolas e acabavam bem empregados dentro ou fora da Igreja.
Com o passar do tempo, a classe política passou a usar de tais práticas ilegais, para colocar em funções bem gratificadas, seus parentes, partidários e apaniguados políticos. Afinal de contas, todos, exceto o povo, têm o direito de ficar com uma fatia do grande bolo da roubalheira nacional.
O pior de tudo, é que esquecemos totalmente essas práticas, validando-as completamente, quando os beneficiários de tais práticas somos nós ou os nossos. A coisa só vira crime ou falta de ética, quando os beneficiados são os outros. Particularmente quando os outros são da oposição.
Mas, a amnésia nacional é total, quando o assunto é um escândalo como o do “Mensalão”. Aqui pra nós, quantos de nós lembramos o que foi exatamente o “Mensalão”, escândalo que explodiu com a força de uma bomba atômica de muitos megatons na ante-sala do gabinete presidencial, mais precisamente, no gabinete do então Chefe da Casa Civil do governo Lula, ministro José Dirceu?
As primeiras denúncias sobre a existência do mensalão surgiram no final de 2004, no Jornal do Brasil, quando deputados afirmavam que uma mesada era paga pelo Palácio do Planalto. Em 2005, pressionado pela descoberta de um esquema de corrupção nos Correios, área de influência do PTB, o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) deu uma entrevista à Folha de S. Paulo em que acusou, abertamente, o governo de comprar parlamentares. O então ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi apontado por ele como chefe do esquema.
Como resultado, duas CPIs foram abertas no Congresso, assim como uma investigação na Polícia Federal. Dirceu perdeu o cargo de ministro e, de volta à Câmara, foi cassado pelos colegas, assim como Jefferson. Em 2006, o procurador geral da República à época, Antônio Fernando de Souza, apresentou denúncia contra 40 acusados, relembra Eduardo Militão..
Segundo o então Procurador Geral da República, todas as denúncias de Jefferson foram confirmadas. Antônio Fernando diz que o Palácio do Planalto pagou dinheiro aos parlamentares para votarem a favor da reforma da Previdência, analisada em 2003 pelos congressistas. Em 2005, durante a crise, o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, dizia que o mensalão não existia e que tudo se tratava de caixa 2 para pagar dívidas de campanhas eleitorais em 2002 e 2004.
As acusações vão de formação de quadrilha e corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, evasão de divisas, gestão fraudulenta e corrupção passiva, ou seja, tais personagens da cúpula do governo infringiram quase todo o capitulo referente a crimes financeiros do Código Penal Brasileiro.
Entre os acusados, os mais importantes, e portanto os mais conhecidos, podemos citar José Dirceu (PT), José Genoino (PT), Delúblio Soares (ex-tesoureiro do PT), Marcos Valério Fernandes de Souza (publicitário), João Paulo Cunha (ex-presidente da Câmara), Luiz Gushiken (ex-chefe da Secretaria de Comunicação, PT-SP), Roberto Jefferson (ex-deputado e presidente nacional do PTB), Duda Mendonça (publicitário), entre outros. A fonte citada por Eduardo Militão, é nada mais, nada menos, que a Procuradoria Geral da União.
E como não lembramos nada mesmo, tal qual o Presidente Lula, que também não lembra ou não sabe absolutamente o que ocorre em volta de si, o mais provável é que, nas próximas eleições votemos nos mesmos. Afinal de contas, todo povo tem o governo que merece.

ONDE ESTÁ A VERDADE?

“Quid est veritas?” (Onde está a verdade?). Esta pergunta foi formulada há 2000 anos por Pilatos a Cristo. A resposta mais convincente foi dada por Aristóteles, desde que Pilatos, ao formulá-la, parece ter-se desinteressado do assunto. Até hoje, o governador da Judéia só é lembrado por ter, simbolicamente, lavado as mãos, no que se tornaria o segundo maior acontecimento da humanidade no seu lado ocidental: a morte desse mesmo Cristo.
Aristóteles definiu a verdade como sendo “uma adequação ou coerência entre o que se diz e a coisa ou entre o que se diz e o ocorrido”. A verdade ou falsidade se prende apenas à verificabilidade, que não exige experimentação direta. Basta que se indique uma maneira fisicamente possível de testar.
Esse é o grande dilema com que a classe política depara. O eleitor, ao acreditar que há coerência no discurso político, é induzido a dispensar a verificabilidade, que nessa área, só é possível após a experimentação direta. Traduzindo: só é possível avaliar a veracidade ou a falsidade do enunciado político quando já é tarde demais.
É por isso, que o discurso político não pode e não deve ser analisado a partir da ótica maniqueísta falso-verdadeiro. Esse tipo de discurso deve ser tratado como hipótese, que é a afirmação de uma relação entre dois ou mais fatos, que deve ser verificada posteriormente.
Mas, voltando à pergunta inicial, onde está a verdade? A resposta não é simples. No governo ou na oposição, perguntaria o otimista? Em cima ou em baixo?, perguntaria o filósofo? Na lágrima sofrida de um rosto triste ou no riso debochado de um qualquer? Aqui na terra ou nos confins do Universo? Com o homem adúltero ou com o homem adulterado na sua essência? Com Deus ou com o Diabo? Dentro ou fora de nós? Nos bares ou nos lares? Estará por acaso a verdade, tal qual um deus onipresente, simultaneamente em todos os lugares?
Pensar é preciso. Ou não é preciso pensar? Dolorosa interrogação. Pensar, pensar profundamente, é antes de mais nada, um ato de dor. Ai dos que pensam, diria, lembrando César. Feliz de quem não tem sempre presente a angústia do ser e como tal, do pensar, e coloca todos os seus méritos e deméritos nas costas largas de Deus.
Fiz estas reflexões, pensando no imbróglio que coloca a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira e a ministra-chefe da Casa Civil do Palácio do Planalto Dilma Roussef em lados opostos. Lina Vieira afirma e confirma que teve um encontro com Dilma Roussef, no Planalto, onde a ministra teria pedido à chefe da Receita Federal que apressasse as investigações sobre um dos filhos do senador José Sarney. Ela diz ainda que teria entendido a conversa como um pedido para que encerrasse - arquivasse talvez - a investigação. E a pergunta que se faz e que ninguém quer responder, a começar pelo presidente Lula é: Onde - ou com quem - está a verdade?
Solicitado para que cedesse as fitas das câmeras que registrariam a entrada e saída de pessoas, sejam comuns ou autoridades de qualquer naipe, o Palácio respondeu simplesmente que as fitas eram apagadas a cada 30 dias. Ora, foi divulgado que o contrato entre a empresa responsável por essas gravações reza que as fitas deveriam ser apagadas após seis meses depois das gravações e a pergunta que fica no ar é: Por que o governo apagou essas fitas depois de apenas 30 dias? Teria sido tão fácil encerrar esse caso, como afirma querer o presidente Lula. Bastaria mostrar as fitas e provar que Lina Vieira estava mentindo. Ao não fazê-lo, expôs a ministra-chefe da Casa Civil à dúvida no que se refere à sua credibilidade, ao desgaste político e até mesmo ao ridículo.
Sabe-se que Dilma Roussef tem por hábito negar tudo o que a envolva de modo negativo. Será que os donos do poder têm que mentir sempre para governar e, principalmente se manterem no poder?
A respeito da mentira, o pensador francês Michel de Montaigne dizia que os mentirosos deveriam ser condenados à fogueira, porque se a mentira fosse apenas o contrário da verdade, seria possível tolerá-la. O problema é que a mentira tem mil faces e seu poder de destruição não conhece limites.
Para complicar ainda mais a situação de Dilma Roussef, há registros no sistema de segurança do Palácio do Planalto, da presença de Lina Vieira em 2008, conforme o que disse o líder do governo no Senado Romero Jucá. Ora, se há provas de que Lina Vieira estivera no Palácio do Planalto em outubro de 2008, por que não poderia ter estado em novembro e dezembro desse mesmo ano?
Uma das maiores características do presidente Lula, além de dizer bobagens, é não lembrar de nada, absolutamente nada ou dizer que não disse aquilo que disse. Nesses casos, a desculpa oficial é que a imprensa, como sempre, na opinião dos políticos, deturpou ou inventou o que disse. Pelo jeito, Dilma Roussef vai pelo mesmo caminho, o que significa, em tese, que tudo isso a torna forte candidata à sucessão de Lula. Um povo que elege e reelege um homem que sofre da amnésia mais profunda quando se trata de seus erros (ver escândalo do Mensalão) e que se orgulha de ser analfabeto, pode, perfeitamente eleger uma candidata sobre cuja cabeça está pendurada a espada de Dâmocles da mentira.

LULA’ALLAH

Às vezes, fico pensando que o senhor Lula da Silva tenha alguma ascendência árabe, e por isso, imagina ser uma espécie de deus. Não à toa, o slogam de uma de suas campanhas à Presidência, dizia “Lula lá”, salvo engano, ao tempo em que se cantava “Sem medo de ser feliz”.
E matutando com os meus botões, ainda sou um matuto, daqueles que matutam, foi que me veio a ideia de que talvez, Lula tivesse algumas gotinhas de sangue árabe, daí imaginar ser uma espécie de “allah”, com todo o respeito aos muçulmanos de todo o mundo, senão vejamos: é velho o costume desse governante que se orgulha de ser analfabeto e de endeusar-se a si mesmo dizendo coisas como “Nunca antes, na história deste país... É verdade, nunca na história deste país se viu tanta roubalheira do dinheiro público, nunca se viu integrantes do primeiro-escalão dizerem tanta bobagem, nunca se viu políticos do governo e da oposição dizerem que não disseram aquilo que disseram, nunca se viu revogar-se o irrevogável (ver Aloisio Mercadante), nunca se viu tanto ministro-chefe da Casa Civil envolvidos em sucessivos escândalos, nunca se viu um presidente que não perde uma oportunidade de dizer bobagens e que não sabe de nada, sempre que um escândalo, leia-se, sempre que um bandido “empaletosado” e engravatado comete um crime contra a nação, assim como nunca se viu juízes supremos condenarem a vítima e inocentar o criminoso (ver caso Palocci), nunca se viu tantos tribunais fazerem de conta que são de contas.
Entre as muitas bobagens que costuma falar, é ele quem diz, também, que o Brasil jamais conheceu tanto desenvolvimento como agora. Possivelmente diz isso porque não conhece nada do que foi o governo do presidente Juscelino Kubstchek, cujo solgam era “Cinquenta anos em cinco”. Até mesmo tempo do ex-governador Adhemar de Barros, a quem se atribuía o slogam de “Rouba, mas faz”, nunca se roubou tanto neste do país do “Rouba mas não faz”.
O pior, é que esse governante, graças à distribuição à mancheia da prática do que chamo de Bolsa-Esmola”, tem tudo para se eleger pela terceira vez, muito embora isso não seja permitido pela lei, ou fazer seu sucessor, que será, naturalmente, apenas um insignificante fantoche.
Sinceramente, espero que Allah, o Misericordioso, Deus Todo-Poderoso, Javeh, Elohim, Tupã, Oxalá, Buda, Muhammad, Ieshua e todos os demais deuses do universo tenham pena de nós.

A VENEZUELA É AQUI

Sempre ouvi dizer que o Haiti era aqui. Descubro agora que o Haiti não é aqui como propalaram. A transbordante de petrodólares conhecida como Venezuela ou Pequena Veneza, como preferirem, que pertence ao todo poderoso Senhor da Guerra, um imbecil como todo ditador que se preza, e um dos “companheiros” do Presidente Lula, ao lado de coisas, digo, governantes como Evo Morales, Fidel e Raul Castro, Rafael Garcia, Khadafi e outros menos votados, mas do mesmo jaez, é que é aqui. Senão vejamos. A imprensa venezuelana está na UTI, sufocada que está pelo nada ilustre presidente Hugo Chávez. Aqui, na Venezuela brasileira, digo, no Brasil, sempre que têm uma chance, os poderosos fazem o que podem para também amordaçarem a imprensa tupiniquim. Sem falar no número de jornalistas que morrem assassinados no cumprimento do dever, sempre que incomodam ou denunciam a velha prática do assalto aos cofres públicos, praticada desde sempre por aqueles que deviam zelar por esse mesmo tesouro, que como o próprio nome diz, é público.
Hugo Chávez conseguiu através de um plebiscito imposto ao povo da Venezuela, a possibilidade de permanecer no cargo ad infinitum. No Brasil, mesmo que os interessado neguem a possibilidade de um terceiro mandato para o senhor Lula da Silva u mesmo a simples prorrogação, o que temos, de certo, é que o nosso Hugo, digo mais uma vez, Lula da Siva tem, sim, o desejo não tão secreto, de continuar no poder, também, ad infinitum. Mas, se de tudo isso não for possível, vão tentar nos empurrar pela garganta abaixo, a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência Dilma Roussef, uma senhora sobre cuja pessoa pairam muitas dúvidas sobre se está mentindo ou dizendo a verdade no imbróglio com Lina Vieira.
Mas, como já sabemos todos, se Dilma não puder, por qualquer razão, ser a candidata dos sonhos de Lula e do PT à Presidência da República, o ungido será o ex-ministro Antônio Palloci, aquele que mandou, apesar de absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quebrar o sigilo bancário de um pobre e inexpressivo caseiro. A coisa é mais ou menos assim: Você votaria num candidato que, anteriormente, eleito para um cargo qualquer, teve o mandato cassado por compra de votos? Mas isso não importa: quem quer que seja o candidato do Planalto, quem continuará dando as cartas nos bastidores será sempre o nosso Hugo, digo mais uma vez, o nosso Lula da Silva.
Há quem diga que a ditadura comunista já chegou aqui na Vene....., digo, no Brasil. O que sei mesmo, é que o cerco à imprensa já existe, e não é de hoje. A diferença e que agora, os sitiantes se dizem democráticos.
Como é sabido que Lula e o PT topam qualquer parada, tal qual o senhor Chávez, para continuar no poder, a pergunta que fica no ar é: A Venezuela é aqui ou não?

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