quinta-feira, 10 de setembro de 2009

AFINAL, QUEM É QUE MANDA?


O grande problema do presidente Lula é que ele se acha engraçado. Não porque seja um grande comediante, mas porque adora falar sem pensar no que diz, isso quando não diz as bobagens que sequer alunos do Enem diriam, ainda que reprovados. A negociação entre países para a compra ou venda de qualquer produto é coisa séria. Mais que isso, muito séria. Mas não é o que parece achar o nosso engraçadíssimo presidente, senão vejamos:
Consta que ele divulgou para quem quisesse ouvir, e não eram poucos os que queriam ouvir, durante a visita do presidente francês ao Brasil no último 7 de Setembro, que o Brasil houvera fechado acordo com os gauleses para a compra de 36 aviões de caça Rafaele, fabricados pela gaulesa Dassault. Estavam na parada os Estados Unidos, a França e a Suécia. A razão alegada por Lula para a escolha da França teria sido a de que esse país teria concordado em transferir a tecnologia pertinente ao Brasil, coisa que os outros dois candidatos a fornecedores não teriam oferecido. Até aí, tudo bem. A transferência de tecnologia quando se compra equipamentos tão sofisticados, é importantíssima para o comprador, porque proporciona enorme avanço no desenvolvimento desse mesmo país.
O problema é que americanos e suecos chiaram, e não sem razão. De um lado, é bem verdade que essa decisão é uma decisão política do presidente da República, entretanto, surpreendido com o anúncio prematuro da decisão feito por Lula, seu atropelo conseguiu incomodar o Comando da Aeronáutica, os concorrentes da Dassaul e demais interessados nessa negociação, que levaram o Ministério da Defesa a divulgar nota oficial para deixar registrado que “o processo de seleção ainda não está encerrado”. Ora, o que isso significa? Significa que um ministro desmente, oficialmente, seu chefe, no caso, ninguém menos que o Presidente da República, senhor Lula da Silva e não acontece nada.
O pior, é que o palh..., digo, presidente-comediante resolve ironizar dizendo que, diante do recuo da concorrência, que agora admite transferir tecnologia para o Brasil, “daqui a pouco, vou receber de graça”. Seria cômico se não fosse deprimente.
Que o Brasil compre os melhores aviões pelo menor preço e pelas melhores condições aliadas ao melhor desempenho do equipamento, tudo bem. O que não está bem, é um presidente falastrão dizer a coisa errada, na hora errada e para as pessoas erradas. Minha mãezinha que há muito se foi para os Campos Elísios, costumava dizer que: “Caldo de galinha e precaução nunca fizeram mal a ninguém.”

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