sábado, 24 de julho de 2010

UM PLANETA PERDIDO


Era um planeta distante, perdido no meio de milhões de outros planetas habitados na imensidão das galáxias que formam o Universo. Mas, aquele era um planeta diferente, pois que esquecido por Deus. Até o dia em que Ele se lembrou daquele pequeno grão de pó perdido na vastidão do cosmo. E chorou então. Estrelas explodiram aos milhões e sóis não se puseram temerosos e penalizados ante a tristeza Divina. E lembrou-se da ordem que dera não cumprida. Seu Filho, um entre tantos, não descera até aquele planeta longínquo para resgatar os homens que nele viviam. E porque não descera as profecias não se cumpriram. E por não se cumprirem, nunca houve nesse planeta o Natal e nem histórias bonitas como a dos Reis Magos. Nele, nunca houve dezembro, nem árvores cintilantes e multicores. Não houve presépios, nem histórias da Virgem-Mãe. Não houve um lugar chamado Lapônia, nem um homem chamado Papai Noel e suas renas encantadas. E, por causa disso, todas as crianças passavam a noite do Natal que não houve tristes, a olhar fixamente a telinha das ilusões perdidas, seguindo o exemplo do Menino-Deus, que não ouvira a ordem do pai, entretido que estava assistindo televisão.

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