quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SOBRE DEMOCRACIA

já se disse que democracia, é a convivência pacífica dos contrários. Hoje, mais que nunca, é preciso que brasileiros no geral e tucujus no particular entendam que, se não primarmos pelo respeito à vontade soberana do povo, leia-se, a maioria, jamais chegaremos a lugar algum. Pelo menos a um lugar em que seja um prazer o simples viver.

Um dos pensadores que mais influenciaram o conceito de democracia nas Américas foi Alexis de Tocville (1805-1859). Dizia ele que “a democracia consiste na igualdade das condições.” Dizia mais: “Democrática é a sociedade em que: 1 - Não subsistem de ordens e de classes; 2 - Em que todos os indivíduos que compõem a coletividade são socialmente iguais (o que não significa que sejam intelectualmente iguais, o que é absurdo e que, para Tocqueville, é impossível).
Na verdade, igualdade social é a inexistência de diferenças hereditárias de condições, o que quer dizer que todas as ocupações, todas as profissões, dignidades e honrarias são acessíveis a todos.
De tal modo, a participação de todos na escolha dos governantes e no exercício da autoridade é a expressão lógica de uma sociedade democrática, isto é, de uma sociedade igualitária. É uma sociedade que não tem por objetivo o poder ou a glória, mas sim a prosperidade e a tranquilidade de um povo. Para isso, é necessária a preservação da liberdade, que é a moderação na arte de bem governar.
Tem-se, pois, que as sociedades democráticas são pouco propensas à guerra, pois a guerra faz com que a liberdade seja suprimida e com isso, a concentração cada vez maior de poder nas mãos de uma pessoa, família ou grupo. E poucas coisas são tão maléficas à democracia, logo, à liberdade, que as oligarquias. Oligarquias, sabe-se, não se originaram e muito menos são provenientes da Terra Brasilis. Mas é preciso que reconheçamos que aqui, as oligarquias fincaram raízes e prosperaram, porque encontraram campo fértil para que assim fosse.
O Brasil ainda atravessa um período em que a democracia plena ainda não criou raízes profundas. Apenas para que se tenha um ideia do fenômeno, Dilma Rousseff é a terceira presidente eleita consecutivamente no Brasil (Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e, agora ela, Dilma Rousseff). Entre todos os anteriores houve problemas de naturezas diversas.
Conscientizemo-nos pois, de que não é pequena a vitória conseguida contra as forças centralizadoras. E para que assim seja “ad infinitum”, façamos, cada um, a nossa parte. Inclusive divergindo, quando necessário.

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